Especiais | 11-06-2022 09:59

“É cada vez mais difícil encontrar pessoas especializadas na nossa área”

Catarina Pauzinho é gerente da Futureturbo de São Vicente do Paúl. fotoDR

Catarina Pauzinho é gerente da Futureturbo com sede em S. Vicente do Paúl.

A Futureturbo, empresa de reconstrução de turbos com sede em São Vicente do Paúl, concelho de Santarém, embora não esteja directamente ligada à agricultura, redireccionou o seu trabalho para o apoio a máquinas agrícolas e veículos pesados, reconhecendo a importância cada vez maior do sector.
Mas, mesmo na actual situação, ainda há quem não perceba que a produção agrícola é essencial para o país. “Por vezes o sector agrícola é esquecido e acaba por ser desvalorizado, o que é completamente errado. É o sector mais importante e essencial à nossa subsistência”, refere a gerente da empresa, Catarina Pauzinho.
Este ano a Futureturbo ainda não vai ter presença na Feira Nacional de Agricultura/Feira do Ribatejo mas reconhece a importância do certame e o seu efeito a nível da economia.
“Profissionalmente ainda não estaremos presentes nesta edição da feira, mas sem dúvida que a realização da mesma é muito importante para o crescimento económico da região e do país uma vez que vai gerar novas oportunidades ao investimento no sector. O que acaba por influenciar todo o universo empresarial em redor”, diz a gerente. E acrescenta o facto de a Feira ser uma tradição “já muito vincada na história do Ribatejo”.
Catarina Pauzinho lamenta o fim da Agroglobal, a feira da agricultura essencialmente técnica que decorria nos campos de Valada do Ribatejo e era, na sua opinião, “o palco do avanço e da modernização que o sector agrícola tem vindo a alcançar nos últimos anos”.
Sobre as prioridades nacionais, chama a atenção para os aumentos exponenciais das matérias-primas, que já vinham da pandemia e se agravaram com a invasão da Ucrânia pela Rússia.
“A matéria-prima e todos os materiais estão mais caros, os transportes estão mais caros devido ao aumento abismal dos combustíveis e tudo isso acaba por dificultar muito a vida às empresas. Creio que era importante existirem mais apoios do Estado em relação às pequenas e médias empresas nomeadamente na redução da taxa de impostos, no combustível, claro, e no apoio à contratação e na formação. No nosso sector, que acaba por ser um sector bastante especializado, é cada vez mais difícil encontrar pessoas especializadas e formadas na área.”.

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