Para António Francisco Gil Santos, administrador da Secagro – Secagem e Comercialização de Produtos Agrícolas, em Vale de Figueira, a agricultura, nunca foi uma prioridade para qualquer Governo em Portugal e para muitos políticos era até um enfado, mas como agora está na moda e ganhou enorme relevância as coisas começam a mudar.
Sobre quais deviam ser as prioridades dos governantes para o sector dá alguns exemplos mas gostaria que se fosse além das medidas pontuais. “As medidas que neste momento teriam mais impacto seriam a revisão de todo o processo dos preços da energia, dos combustíveis e da carga fiscal brutal que afecta todos os portugueses. Mas mais importante do que medidas avulsas, com efeito de choque, são as políticas ao longo dos anos para o sector”, refere.
Como ribatejano confessa que sentiu a falta da Feira Nacional de Agricultura/Feira do Ribatejo nos dois últimos anos. “Senti como que um vazio. A feira é um dos locais onde, anualmente, reencontro pessoas de vários pontos do país ligadas à minha actividade, com as quais posso conviver, trocar impressões acerca de tecnologias novas, algumas das quais expostas no recinto”.
A Secagro não tem stand na feira, mas o administrador é um frequentador assíduo, não só para ver as máquinas mas para assistir a alguns espectáculos nomeadamente largadas de toiros e a, pelo menos, um concerto.
Sobre a entretanto extinta Agroglobal, feira agrícola que se realizava em Valada do Ribatejo, Cartaxo, diz nunca ter faltado. “Tenho muita pena que tenha acabado! Era algo de mágico para os agricultores! Mas como tudo na vida tem um princípio, um meio e um fim, ficam as boas recordações. Deixo aqui a minha homenagem aos seus fundadores, Pedro Torres e Manuel Paim”.