Para quem vem de Lisboa o Sardoal fica a pouco mais de uma hora e meia, de carro, por auto-estrada. E para quem vem de Coimbra, por exemplo, fica a pouco mais de uma hora. A partir de Santarém a viagem não chega a demorar uma hora. Claro que se, em vez de carro, for de bicicleta, o tempo de deslocação sobe para quatro horas e a pé, para catorze horas, o que até não é muito para quem gosta de fazer turismo de mochila às costas.
E se a motivação tiver que ser religiosa, como para quem vai a Fátima ou Santiago de Compostela a pé, o Sardoal tem património religioso que justifica uma peregrinação. Do vasto e rico património destacam-se a Igreja Matriz, o Convento de Santa Maria da Caridade, a Igreja da Misericórdia, as seis capelas localizadas no centro da vila, as Tábuas do Mestre de Sardoal, o Oratório de Arte Namban e os Painéis da Misericórdia.
E a propósito, fica uma curiosidade: Ao contrário de outras terras que cresceram em volta de um castelo ou lugar fortificado a vila do Sardoal cresceu de baixo para cima, da confluência das ribeiras até ao ponto mais alto, onde se situa o Convento de Santa Maria da Caridade (1571). Para além do património religioso o concelho do Sardoal possui importantes recursos naturais, com locais belos e excelentes paisagens, ribeiras, fauna e flora. Para potenciar esta mais-valia e tendo em conta a recuperação e preservação do património cultural, ambiental e natural, a câmara municipal criou uma rede de seis percursos pedestres e duas Grandes Rotas que têm como finalidade dar a conhecer este património de forma estruturada, organizada e integrada.
Quanto a zonas de lazer, na margem direita da ribeira de Arcês junto à Capela de Nossa Senhora da Lapa, que se pensa ter sido construída em 1600, existe um parque de merendas, ideal para piqueniques, bem como diversos equipamentos de apoio como casa-de-banho, água potável, assadores e boas sombras proporcionadas por árvores de grande porte. Os moinhos de vento da aldeia de Entrevinhas foram construídos nos finais do séc. XIX e um deles possui um pequeno espaço temático com artefactos originais oferecidos pela família de Tiago dos Santos Baptista, o último moleiro que ali laborou até ao Verão de 1956. O acesso é fácil e existe estacionamento. No local há uma zona de lazer com sombras e mesas de piquenique. Para ver o interior dos moinhos é necessário contactar a Junta de Freguesia do Sardoal ou a câmara municipal. Para além dos moinhos existe no local um baloiço panorâmico, de 6,50 metros de altura e 3,20 metros de largura, com vista sobre Vale do Armo. Para quem estiver algum tempo no Sardoal a piscina municipal proporciona momentos de lazer e entretenimento. Possui uma ampla esplanada com serviço de bar e as necessárias condições de segurança e apoio aos banhistas.