Especiais | 17-06-2022 20:59

“Sinto a rotina como a maior inimiga e castradora da minha criatividade”

Anabela Catalão é responsável da CLASS 20

Anabela Catalão, responsável pela CLASS 20, defende uma política de saúde local e a reformulação do projeto de ‘coworking’ que no passado existiu e não floresceu.

Anabela Catalão, administradora e directora pedagógica da CLASS 20 – CATL e Centro de Estudos de Almeirim, é daquelas pessoas que adormece e acorda a pensar no que pode fazer de diferente. Que projectos podem ser desenvolvidos ou ajudados a desenvolver, que acrescentem algo novo, não só a ela, como à família, às crianças e aos jovens com quem se relaciona no dia a dia.
“Sinto a rotina como a minha maior inimiga e a maior castradora da minha criatividade. Gosto de dias organizados e preenchidos, de fazer múltiplas coisas, gosto de coisas simples, gosto de trabalhar, de criar, de colaborar e de ajudar o próximo. Não foi por acaso que fiz parte de um projecto da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, que interrompi porque a família falou mais alto, ainda assim, estou envolvida num outro projecto de carácter social e humanitário”, refere.
Para ela, as Festas de Almeirim servem essencialmente para dar ânimo e para criar alguma agitação na cidade. “A temperatura convida a sair, a música, os petiscos, os doces e as actividades servem de pretexto para a deslocação das pessoas até ao local. As crianças são as maiores impulsionadoras”, refere. A CLASS 20 não participa este ano no desfile das Marchas Populares por não ter conseguido reunir, a tempo, os recursos necessários mas Anabela Catalão não vai faltar para ver as que participam e, provavelmente, sonhar com uma provável participação no próximo ano.
Quando lhe é pedido que refira uma prioridade para o concelho indica duas. “Uma seria a implementação de uma política de saúde local de modo a atrair mais profissionais da área e, consequentemente, transformar e apetrechar devidamente o equipamento existente numa unidade capaz de disponibilizar serviços de várias especialidades e uma resposta mais satisfatória à população do concelho, evitando a sobrecarga no hospital distrital”, explica.
A outra prioridade, acrescenta, “seria desenvolver um projecto que já teve lugar em Almeirim mas que não chegou a florescer que é o coworking”. À semelhança das 53 cidades de norte a sul, Almeirim podia ter aproveitado e integrado a rota do Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) que arrancou no ano passado com um orçamento de 20 milhões de euros. Este modelo de actividade económica, que visa incentivar o empreendedorismo e a mudança de empresas para cidades do interior do país, constituiria uma oportunidade de alavancar futuros negócios e investimentos, bem como ajudaria a fixar mais jovens à região”, conclui .

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