Para a designer de moda Madalena Toscany, uma mulher que não consegue estar parada, a azáfama da Feira de Maio, um evento muito antigo e muito propício a encontros e reencontros é especial. E ainda mais após os tempos de confinamento obrigatório.
“Lidar com pessoas é algo que me deixa muito à vontade e não perco uma oportunidade de o fazer. Mostrar os nossos projectos na Feira de Maio ajuda ao nosso crescimento e é claro que com a pandemia sentimos a falta de todo o ambiente festivo e das trocas de palavras. Tudo isto é importante para mim – pois é ao que me dedico todos os dias – como também para quem tem curiosidade sobre o que é a minha vida. A feira ajuda nesta conectividade gerando benefícios para ambas as partes”, explica.
Durante os dias da Feira de Maio o dia-a-dia da designer é completamente alterado. A interacção com o público, a curiosidade sobre as suas experiências; os seus prémios; os seus projectos, como por exemplo o mais recente , a HubsGrandela, ocupam-lhe a maior parte do tempo, embora diga que, apesar disso, não desliga do trabalho.
Cidadã atenta ao que se passa em Azambuja, considera que o investimento mais importante dos últimos anos no concelho foi a requalificação das escolas e o crescimento de espaços verdes e de lazer, com vista ao turismo de natureza.
Madalena Toscany lamenta que uma parte da população jovem continue a sair do concelho; que haja pouca oferta para habitação e arrendamento; pouca oferta cultural; pouca actividade que crie laços entre as comunidades e poucas associações juvenis que intervenham na sociedade.
Quanto aos aspectos positivos, refere: “Maior envolvimento e ajuda da câmara com os empresários e com os comerciantes em geral; maior participação na resolução de problemas; promoção de um concelho mais integrador e inclusivo; criação de processos e ferramentas para que as pessoas tenham um futuro no concelho; disseminar mais e melhor o nome de Azambuja; menos burocracia a tratar dos problemas e mais zonas verdes e preocupação ambiental”.