Identidade Profissional | 13-02-2022 10:00

“Há falta de mão-de-obra na área da mecânica”

Carlos Freitas e Pedro Maia abriram a sua oficina em Janeiro de 2020 e trabalho não tem faltado

Pedro Maia e Carlos Freitas têm em comum a paixão por automóveis. Trabalhavam ambos na área da mecânica quando surgiu a oportunidade de se tornarem sócios-gerentes da Maia &Freitas Reparação Automóvel Lda.

A oficina e instalações da empresa situam-se em Lapas, concelho de Torres Novas. Não se queixam com falta de trabalho c consideram que a qualidade no serviço e a dedicação são o segredo do sucesso para os clientes continuarem a procurar os seus serviços.

Pedro Maia, 38 anos, e Carlos Freitas, 35 anos, têm em comum a paixão por automóveis. Em crianças gostavam de desmontar brinquedos e mais tarde bicicletas para ver como eram por dentro. Conheciam-se por morarem no mesmo concelho, Torres Novas, mas foi através de um amigo em comum que travaram melhor conhecimento. Pedro Maia já tinha a sua própria oficina, que tinha fundado há mais de 10 anos, e já não conseguia dar resposta a tanto trabalho. Carlos Freitas trabalhava numa oficina. Pedro Maia convidou-o para trabalhar consigo e surgiu a oportunidade de criarem a sociedade.
Em Janeiro de 2020 criaram a Maia & Freitas Reparação Automóvel Lda. A oficina situa-se em Lapas, concelho de Torres Novas, e não tem falta de trabalho. “A oficina está sempre lotada de carros. Desde o início que temos vindo a crescer. Felizmente que a pandemia não nos afectou. Passamos de dois funcionários, eu e o Pedro, para cinco. Esperemos que as coisas continuem a correr bem”, afirma Carlos Freitas a O MIRANTE.
O primeiro emprego de Pedro Maia foi na construção civil. Tinha 20 anos. Trabalhou alguns anos na Renova até que começou a trabalhar numa oficina por causa da sua paixão por carros. Três anos depois estabeleceu-se por conta própria. Carlos Freitas começou por trabalhar em cafés até que depois de estudar mecânica, a sua paixão, iniciou o seu percurso profissional numa oficina. Passou por duas até chegar à sociedade com Pedro Maia. Tiveram algum receio inicialmente que o projecto não corresse bem mas até agora não se podem queixar.
Os dias nunca são iguais e tanto Pedro como Carlos têm dificuldade em planear o dia. Os problemas no carro surgem e há que dar respostas ao cliente. Os telefones de ambos nunca param de tocar. Na oficina aparecem dois clientes com situações que precisam de ver resolvidas. Ao telefone tentam resolver o problema de uma peça necessária para um automóvel que não chega e está a atrasar a entrega do carro ao cliente. Tudo isto faz parte de um dia de trabalho a que já estão habituados.
A pandemia não condicionou o trabalho. “Condicionou o nível de proximidade que gostamos de ter com os nossos clientes e que não é possível. Esse foi o principal problema”, explica Pedro Maia. Têm clientes de todo o concelho de Torres Novas mas também têm clientes de longe. Ambos acreditam que o ‘passa-palavra’ dos clientes é o principal cartão-de-visita para os novos clientes. Na Maia & Freitas tratam de tudo o que é necessário para um carro. Só não têm serviço de pintura e bate-chapa mas têm parceiros que lhes permitem dar seguimento aos pedidos dos clientes.
Pedro e Carlos têm gostos semelhantes. O que mais gostam de fazer é reparar uma avaria. Identificar o problema que o automóvel tem e pô-lo em condições para entregar ao cliente. Para isso é preciso tempo. “A electrónica tem tido grandes evoluções mas não basta ligarmos o computador ao carro para ficarmos a saber qual é o problema. Nem sempre é assim. O carro pode ter um problema que vem de outro problema. Essa é a parte mais interessante. Descobrirmos tudo e arranjarmos”, esclarecem.
O encerramento da empresa é às 18h00 mas Pedro Maia e Carlos Freitas nunca saem a essa hora da oficina. Na véspera da entrevista com O MIRANTE deixaram as instalações depois das 22h00. “É quando fechamos as portas da oficina que o nosso trabalho rende mais. Quando a porta está aberta temos que dar atenção aos clientes que aparecem e é muita agitação. Com calma e sossegados trabalhamos muito mais nas reparações”, explica Carlos Freitas.
Pedro Maia lamenta haver falta de mão-de-obra e de bons mecânicos, o que complica quando é necessário contratar alguém. Qualidade de serviço e dedicação ao que fazem é, na opinião dos sócios-gerentes, o segredo do sucesso da empresa. “Esforçamo-nos para transmitir confiança ao cliente, para que goste do nosso serviço e que se torne um cliente regular e fiel. Essa é a nossa maior satisfação, agradar ao cliente com os nossos serviços”, concluem.

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