Identidade Profissional | 17-07-2022 07:00

O atleta de Alhandra que está sempre ligado à corrente

Joaquim Capela é electricista e um apaixonado por ultra-trail

Joaquim Capela é electricista e um dos sócios-gerentes da Claralux, de Alhandra. Por detrás do empresário perfeccionista está um homem apaixonado pelo ultra-trail que já tem obtido pódios nacionais e estrangeiros e que em Agosto vai correr 170 quilómetros em Chamonix, Monte Branco, nos Alpes franceses.

O trabalho para ser bem feito demora tempo e, por isso, na rotina diária de Joaquim Capela o dia nunca se resume a oito horas diárias de serviço, diz o homem que se confessa um perfeccionista por natureza. Natural de Lisboa mas a viver na União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz desde os seis anos, é electricista e um dos sócios-gerentes da Claralux, uma das principais lojas de iluminação e material eléctrico do concelho de Vila Franca de Xira.
Joaquim Capela tem 50 anos e partilha a gerência da empresa com a mulher, Paula Capela. Desde jovem que sentiu o apelo da electricidade. O seu primeiro emprego foi numa empresa de Alverca onde esteve envolvido na instalação de geradores de vapor. Quando se voluntariou para a Marinha estudou electrotecnia. “Nunca fui pessoa de voltar costas ao trabalho. Fui habituado desde muito cedo a fazer-me à vida”, conta a O MIRANTE. O casal é bastante conhecido na vila. Prova disso é a quantidade de vezes que a conversa com o jornal é interrompida com a chegada de clientes e amigos que visitam a Claralux com regularidade. O facto da loja estar localizada na Rua Miguel Bombarda, no centro da vila, propicia essa proximidade.
A empresa foi criada em 2005 e depois de muito esforço inicial conseguiu afirmar-se no mercado. “A experiência e receptividade tem sido muito boa e desafiante. Gostamos muito do contacto com os clientes”, confessa o empresário. A empresa também faz instalações eléctricas e operações de manutenção. Joaquim Capela é técnico credenciado pela Direcção-Geral de Energia e Geologia para a parte eléctrica e pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) no que toca às telecomunicações.
“Estamos numa área onde não se pode inventar. É preciso escolher bem quem sabe trabalhar, tenha muita experiência e o gosto em manter as boas práticas em instalações eléctricas. Tenho vindo a reparar que infelizmente isso se tem vindo a perder nos últimos anos. Vivemos na Era do desenrasque”, critica o homem que se confessa perfeccionista. Essa atenção ao detalhe e ao profissionalismo já lhe valeram algumas críticas. “Sou uma pessoa pacata, mas tira-me do sério a impaciência de algumas pessoas. Querem tudo feito rapidamente quando um bom serviço demora o seu tempo”, confessa Joaquim Capela.

Um apaixonado pelo desporto
A vida de Joaquim Capela está intimamente ligada ao desporto. Em criança sonhava ser jogador de futebol e foi em A-dos-Loucos que começou a praticar atletismo na juventude. Depois de vários anos dedicado ao trabalho voltou a correr nos tempos livres e quando deu por si estava a correr maratonas um pouco por todo o país. Em 2015 contactou com amigos que faziam trail e apaixonou-se pela modalidade. “Correr nos montes a subir e a descer não era para mim mas como nunca fui pessoa de virar costas a um desafio fui com eles. Inscrevi-me num trail em Bucelas, uma prova de 27 km em que quando cheguei ao fim comecei a sentir que havia músculos nas pernas que nunca tinha usado. Fiquei viciado”, conta com um sorriso.
A partir daí foi sempre a subir. Participou no Ultra Trail do Piódão com 50 km. Depois uma prova no Gerês, nos Pirenéus e outra na Madeira com 115 km e sete mil metros de acumulado positivo. “O trail tem uma vertente à qual dou muito valor, que é a amizade. Posso ir no meio da natureza com alguém que não conheço mas com quem é fácil falar. O convívio entre atletas e a entreajuda de todos é incrível”, partilha.
Em 2019 participou na meca do trail, o Ultra Trail do Monte Branco, em Chamonix, nos Alpes Franceses, com 101 km. Apaixonou-se pela paisagem de tal forma que em Agosto deste ano vai regressar para cumprir a prova de 170 km que passará a altitudes superiores aos três mil metros.
Ao longo dos anos foi acumulando taças e medalhas que recorda. “O desporto é a melhor coisa para nos aliviar do stress e nos proporcionar melhor saúde”, conclui.

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