Identidade Profissional | 10-05-2022 07:00

“O negócio está mais favorável para vender do que para comprar imóveis”

Paula Frazão é administradora da G Prata Imobiliária, em Pontével, desde 2008

Paula Frazão é a administradora da G Prata Imobiliária, em Pontével, desde 2008.

Trabalhou em diferentes áreas ao longo da vida e gosta de arriscar. Quando viveu no Algarve chegou a ter um bar de praia, além da sua principal profissão, porque sempre gostou de ter mais do que um trabalho. Veio para Pontével depois dos seus pais terem comprado uma casa na vila. Desde 2008 que é a administradora da G Prata Imobiliária, negócio iniciado pelos pais. Paula Frazão diz que o segredo do sucesso é ser honesta e estar sempre disponível para os clientes.

Paula Frazão é a prova de que uma mulher determinada consegue tudo a que se propõe. A sua primeira gravidez aos 16 anos não a impediu de prosseguir os estudos, assim como o marido. Após terminarem o 12º ano tiraram um curso técnico/profissional de informática e ingressaram numa empresa onde davam formação informática. Nessa altura estavam a viver na Venda do Pinheiro (concelho de Mafra).
Entretanto foram morar para o Algarve, onde os pais de Paula Frazão estavam a viver. Foram aproveitando todas as oportunidades de negócio e chegaram a ter um bar de praia no Verão. Quando os pais decidiram procurar uma casa perto de Lisboa mas mais calmo e com melhor qualidade de vida, acabaram por escolher Pontével, no concelho do Cartaxo. Os pais de Paula Frazão abriram um negócio na área do imobiliário, documentação e seguros.
Paula Frazão e o marido decidiram ir viver para junto dos pais de Paula. Compraram uma moradia, onde ainda hoje vivem. Paula Frazão começou a ajudar os pais mas quando a mãe adoeceu e o pai já estava reformado tomou as rédeas do negócio, em 2008. O facto da G Prata Imobiliária estar situada em Pontével nunca foi um obstáculo para os negócios. Desde cedo apostaram na criação de um site na Internet onde colocam as fotografias dos imóveis digitalizadas.
“Tenho clientes de todo o país e do estrangeiro. Fazemos publicidade nacional e internacional mas dou prioridade aos clientes nacionais para terem hipótese de comprar casa uma vez que os estrangeiros têm maior poder de compra. Se não for assim, qualquer dia os jovens não têm capacidade financeira para comprar a sua própria casa”, afirma a empresária.
Paula Frazão considera que o facto de existirem muitos agentes imobiliários só prejudica quando vendem gato por lebre. “Gosto de ser honesta e fazer com que o negócio seja benéfico para todas as partes. Esta área passou de ser excessivamente regulamentada para passarmos a não ter nenhuma exigência legal, o que nem sempre é benéfico”, explica.
A agente imobiliária, de 48 anos, refere que o mercado é cíclico e costuma durar oito anos estando quase num fim de ciclo. Neste momento o negócio está mais favorável para vender do que para comprar. “Agora as empresas estão a voltar a construir. O problema é que as matérias-primas estão muito caras e aproveita-se para inflacionar preços”, afirma.
Os seus clientes estrangeiros procuram muito casas, moradias e terrenos no interior do país mas também na zona Oeste sobretudo Nazaré e Caldas da Rainha. “Querem um local que seja relativamente perto de Lisboa e do mar”, diz. Paula Frazão garante que os seus clientes têm acompanhamento do processo todo de compra e venda. Desde que lhe é entregue um imóvel validam tudo antes de o colocar à venda e tratam de todo o processo de modo a facilitar ao máximo a vida do cliente.
A G Prata Imobiliária conta com uma funcionária no escritório e alguns colaboradores que andam no terreno a angariar imóveis e também clientes. Nos grandes centros urbanos a procura é maior por apartamentos. Segundo a empresária, em Lisboa, Porto e Algarve existe uma maior inflação de preços por serem locais com muita procura.
Durante a pandemia conseguiram continuar a trabalhar e Paula Frazão admite que nem foram anos maus para o negócio. “O mercado imobiliário é instável e notou-se na fase em que o negócio diminuiu que muitas imobiliárias tiveram que fechar portas”, realça, acrescentando que o segredo do sucesso é a honestidade, ser justa para todos os clientes e estar sempre disponível para eles, mesmo que isso implique trabalhar fora de horas. “Estou sempre ligada e não largo o meu telemóvel porque é das mais importantes ferramentas de trabalho”, conclui.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1660
    17-04-2024
    Capa Vale Tejo
    Edição nº 1660
    17-04-2024
    Capa Lezíria/Médio Tejo