Internacional | 21-03-2022 10:31

Destruir cidades e matar civis indiscriminadamente é crime de guerra em massa

FOTO ILUSTRATIVA – FOTO DR – Bandeira da Ucrânia

Chefe da diplomacia europeia alerta para situação na Ucrânia e, em particular, na cidade de Mariupol que está a ser completamente arrasada.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, considerou hoje que a Rússia está a cometer em Mariupol “um crime de guerra em massa” e disse que o Presidente russo Vladimir “Putin merece a mais forte condenação do mundo civilizado”.

“A Rússia está a cometer muitos crimes de guerra, é esse o termo, tenho de o dizer. O que se está a passar em Mariupol é um crime de guerra em massa. Estão a destruir tudo, a bombardear e a matar todos, de uma forma indiscriminada. Isto é algo horrível que temos de condenar nos termos mais fortes. É um crime de guerra em massa”, afirmou, à entrada para uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, em Bruxelas.

Apontando que a cidade de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, “vai ser completamente destruída, e as pessoas lá estão a morrer”, Josep Borrell, questionado pelos jornalistas sobre a utilização de mísseis hipersónicos pelo exército russo, disse que “sim, a Rússia está a usar todas as suas capacidades militares, e o problema é que estão a usá-las contra os civis”.

“Não é uma guerra, é a destruição em massa de um país sem qualquer consideração pela lei da guerra. Porque a guerra também tem leis. Moralmente, já perderam, pois o que estão a fazer é à margem de qualquer lei. Putin merece a mais forte condenação do mundo civilizado”, afirmou.

Perspetivando as reuniões de hoje, que dirigirá enquanto Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Borrell disse que será “um dia muito longo”, pois haverá reuniões em três formatos, ao nível de ministros dos Negócios Estrangeiros, de ministros da Defesa, e um Conselho conjunto, o chamado “Jumbo”.

Borrell disse esperar que durante o dia de hoje os 27 aprovem a chamada “Bússola Estratégica”, o documento orientador da nova política de defesa e segurança da UE para os próximos 10 anos.

“Não é a resposta para a guerra na Ucrânia, mas é parte da resposta. Temos estado a trabalhar há dois anos neste documento e quando começámos não podíamos imaginar que na altura da aprovação a situação fosse tão má e enfrentássemos um desafio tão grande”, comentou.

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