Fim do IVA zero provocou aumentos acima dos seis por cento no cabaz essencial
Aumentos não foram maiores porque supermercados e retalhistas absorveram aumentos com promoções de produtos e ocorreram atrasos na actualização dos preços.
No espaço de 4 dias, entre os dias 4 (último dia do IVA zero) e 8 de Janeiro, os preços dos 41 produtos essenciais que faziam parte do cabaz alimentar essencial aumentaram acima dos 6% em 14 produtos – conforme análise da Deco ProTeste. Os preços que mais cresceram foram o iogurte líquido, o óleo alimentar e o atum posta em azeite.
Entre aqueles dias, o aumento médio dos 41 produtos foi de 5,29%, totalizando 7,51 euros e elevando o custo médio do cabaz de 141,97 euros para 149,48 euros, respectivamente. Com o fim da isenção, os produtos retornaram à taxa de 6% de IVA, excepto o óleo alimentar, que passou para a taxa de 13%, contra a anterior de 23%.
Estas são algumas das conclusões da primeira monitorização feita pela Associação de defesa do consumidor depois do final da medida IVA zero, medida, que teve início a 18 de Abril de 2023 e terminou a 4 de Janeiro.
A primeira análise da DecoProteste revela ainda que as retalhistas aumentaram os preços abaixo dos 6% em mais de 21 produtos, o que significa que “poderá ter havido uma tentativa de mitigação do impacto imediato da reintrodução do IVA através de promoções em produtos abrangidos pela isenção.
Essa prática pode ter contribuído para minimizar o impacto inicial sentido pelos consumidores”, considera Rita Rodrigues, Directora de Comunicação da Associação, que avisa ainda “ser possível que, especialmente no primeiro dia da reintrodução do IVA, tenha havido algum atraso na actualização dos preços afixados”.