Nacional | 01-05-2022 14:59

A moda de branquear a pele gera elogios, críticas e lucros de milhões

Vontade de clarear a região da vagina e do ânus também tem aumentado.

As figuras públicas que usam branqueadores de pele são copiadas por quem as admira e criticadas por quem vê neste aclaramento uma afronta à cor mais escura, polémicas que as empresas acompanham para não perder um negócio de milhões.

Em todo o mundo, incluindo Portugal, mas sobretudo nos continentes asiático e africano, o uso de cremes branqueadores é uma prática relativamente comum e que gera volumes de vendas de milhões de dólares para a indústria que os produz.

Segundo a empresa norte-americana de estudos de mercado mundial StategyR, o mercado dos branqueadores de pele – que inclui sabonetes, loções, cremes e comprimidos – deverá atingir este ano os 8,8 mil milhões de dólares (8,3 mil milhões de euros). Em 2026, este valor ascenderá a 11,8 mil milhões de dólares (11,2 mil milhões de euros).

Em Portugal, para além do branqueamento geral do corpo, também têm surgido cada vez mais homens e mulheres que querem aclarar, através da aplicação de elementos químicos, a pele redor do ânus e da vagina.

O objectivo é deixar a vagina mais rosada e o ânus mais clarinho, já que, apesar dessas regiões não serem expostas ao sol, elas costumam escurecer ao longo do tempo. A pele das regiões íntimas têm espessura mais fina do que o resto do corpo, o que as torna naturalmente sensíveis e além disso, o atrito do movimento estimula a produção de melanina, o que faz aumentar a pigmentação.

Em 2020, a autoridade que regula o sector do medicamento em Portugal (Infarmed) retirou três produtos – sabonete, loção e creme corporal – do mercado por conterem na sua composição mercúrio, com o sugestivo nome de ‘Fair & White’ (“Claro e Branco”)

Outro ingrediente proibido nos cosméticos, mas usado como branqueador, inclusive em lojas de produtos variados, em Lisboa, é a hidroquinona, com risco cancerígeno.

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