No dia 1 de Março prescrevem as notas da última série de notas de escudo – a série dos Descobrimentos. As cinco notas dessa série, e apenas essas, poderão ser trocadas no Banco de Portugal pelo respectivo contravalor em euros até ao próximo dia 28 de Fevereiro (inclusive). Segundo estimativas do Banco de Portugal deverão ficar por trocar notas de escudos no valor de 90 milhões de Euros

No fim do ano passado havia 11,4 milhões de notas de escudo daquela série na posse do público, com um valor de 94,8 milhões de euros. Na altura, Pedro Marques, director de emissão e tesouraria do Banco de Portugal calculava que, até ao fim do prazo, a maioria ficaria por trocar.

A série dos Descobrimentos inclui: notas de 500 escudos (João de Barros); 1 000 escudos (Pedro Álvares Cabral); 2 000 escudos (Bartolomeu Dias); 5 000 escudos (Vasco da Gama); e 10 000 escudos (Infante D. Henrique). Mais de um terço (35%) das notas por trocar são de 5 000 escudos.

Quem decidir trocar as notas, pode fazê-lo de duas formas, de acordo com o comunicado do supervisor bancário. Pode optar pelas tesourarias do Banco de Portugal (em Braga, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Lisboa, Ponta Delgada, Porto e Viseu). Também pode ser por serviço postal, por via de correio registado.

Não é preciso que estas notas estejam totalmente conservadas. “As notas danificadas ou mutiladas pertencentes à série dos Descobrimentos também podem ser trocadas por euros, desde que o apresentante tenha em sua posse fragmentos que permitam reconstituir, pelo menos, 75% da área total da nota em causa”, explica o banco. Já não é possível trocar moedas de escudos.

As notas entregues são destruídas por granulação, e os  fragmentos são, após compactação, encaminhados para centrais de tratamento e valorização de resíduos, onde são incinerados para produção de energia eléctrica.