Nacional | 05-06-2022 12:34

Consumo de petróleo desceu vinte por cento nos últimos vinte anos

FOTO ILUSTRATIVA – FOTO DR

A propósito do Dia Mundial do Ambiente, a Pordata indica que em 2020, a fonte de energia mais consumida em Portugal continua a ser o petróleo, com 41% do total.

O consumo de petróleo desceu de 61 para 41 por cento em cerca de 20 anos em Portugal, com as energias renováveis e o gás a serem cada vez mais consumidas, segundo dados da base estatística Pordata.

A propósito do Dia Mundial do Ambiente, que se assinala hoje, os números da Pordata indicam que em 2020, a fonte de energia final mais consumida foi o petróleo, equivalente a 41% do total, quando em 1998 era 61%, seguida da energia eléctrica (26%, as renováveis (19%), o gás (11%) e os combustíveis sólidos, como carvão, que representou 0,1%.

Desde 2001, o consumo de gás aumentou 67%, as energias renováveis 20% e a energia eléctrica 16%, e em 2020 as renováveis foram a fonte de 98% da energia produzida em Portugal, cabendo a fatia maior à queima de biomassa – 51% do total, menos 25 pontos percentuais do que se verificava em 1990.

A energia eólica, que em 2005 era 04% da produção, representou 16% do total em 2020, o mesmo valor da hídrica, que varia conforme o volume de precipitação, enquanto a solar representou 04% e a geotérmica 03%.

Apesar de, na União Europeia, a produção de energia ser responsável pela maior parte das emissões com efeito de estufa para a atmosfera (25%) em 2019, é nos transportes que Portugal emite mais (28%), seguido pela indústria energética (20,5%).

As emissões com origem nos transportes aumentaram quer em Portugal (12% entre 2013 e 2019) quer no resto da União Europeia. Em 2019, Portugal emitia mais 13% de gases poluentes com efeito de estufa do que em 1990.

Pelo caminho ficou 2005, ano marcado por um volume de emissões de 46% em relação a 1990, e desde então tem havido flutuações, com descidas na maior parte dos anos, mas uma subida entre 2014 e 2017.

No contexto da União Europeia, Portugal teve a quarta maior subida nas suas emissões em relação a 1990, ficando atrás de Chipre, Irlanda e Espanha e à frente da Áustria entre os cinco estados-membros que aumentaram emissões.

Os dados recolhidos na Pordata, que pertence à Fundação Francisco Manuel dos Santos, apontam ainda para um aumento generalizado das temperaturas médias desde a década de 1960 nas principais estações meteorológicas portuguesas, de 0,8 graus em Castelo Branco a 02 graus no Funchal.

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