Nacional | 19-07-2022 14:55

Falta de profissionais na área da recolha de órgãos está a condicionar transplantes 

FOTO ILUSTRATIVA – FOTO DR

Presidente da Sociedade Portuguesa de transplantação também gostaria que os dadores e as suas famílias fossem recordados e reconhecidos como essenciais

No âmbito do Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação, que se assinala amanhã, 20 de Julho, Cristina Jorge, Presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT), alerta para o facto de a escassez de recursos humanos poder condicionar os resultados da actividade da transplantação em Portugal. 

Apesar de a actividade da transplantação estar dependente de órgãos disponíveis e de a procura continuar a ser muito superior à oferta, “para que ocorra a colheita de órgãos de um potencial dador tem de existir muita organização e profissionais motivados para a transplantação”, refere a Presidente da SPT, esclarecendo que “a escassez de recursos humanos na saúde e em especial na área da colheita e da transplantação também condicionam o resultado desta actividade”. Neste contexto, a especialista em nefrologia lamenta que muitas equipas estejam minimizadas e a trabalhar no limite das suas capacidades. 

Neste contexto, para comemorar o Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação, o IPST e a SPT juntam-se para promover uma reunião no dia 20 de Julho, subordinada ao tema “Sustentabilidade da doação e transplantação” envolvendo representantes de organizações relevantes do panorama nacional da transplantação, representantes de associações de doentes e outras entidades e profissionais de saúde envolvidos na colheita e transplantação de órgãos. 

Cristina Jorge explica que, como a própria palavra indica, ‘sustentabilidade’ diz respeito ao modelo de sistema que tem condições para se manter ou conservar. “Para mantermos a actividade da transplantação, devemos divulgar e explicar a importância da colheita e da transplantação de órgãos na sociedade, apelar e enaltecer o altruísmo da dádiva em vida e promover e acarinhar os profissionais envolvidos nesta actividade, frisando a necessidade de lhes conceder boas condições para o exercício desta tão nobre área da medicina”. 

 Adicionalmente, na óptica da Presidente da SPT, os dadores e as suas famílias devem ser recordados e reconhecidos como essenciais para que a transplantação de órgãos se possa manter. Por outro lado, aos candidatos a transplante e aos doentes transplantados devem ser oferecidas as melhores condições de avaliação e seguimento. Neste sentido, Cristina Jorge defende “a possibilidade de flexibilização do pedido de exames a estes doentes, para além da Unidade Hospitalar onde são seguidos, a promoção do seu acompanhamento também por vídeo ou teleconsultas e de proximidade junto da sua área de residência”. 

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