Nacional | 21-02-2022 14:30

Migrantes, ciganos e jovens são os mais vulneráveis no mercado de trabalho

Migrantes, ciganos e jovens são os mais vulneráveis no mercado de trabalho

Cáritas Europa aconselha aumento das políticas de criação de emprego e o do salário mínimo.

Os migrantes, os refugiados, as pessoas ciganas e os jovens são os mais vulneráveis no mercado de trabalho português, aponta um relatório da Cáritas Europa, que destaca o impacto da pandemia de covid-19.

No que diz respeito aos imigrantes, estão concentrados em grupos profissionais menos qualificados e mais precários e por isso estão mais expostos à instabilidade na relação laboral, recebem salários mais baixos e têm uma maior incidência de acidentes de trabalho. “A maioria dos migrantes desempenha funções abaixo do nível das suas qualificações”, lê-se no documento.

Para os refugiados e requerentes de asilo a situação é ainda pior, somando-se as dificuldades linguísticas e o longo” tempo de espera até terem os documentos legais, o que faz com muitos procurem emprego ainda indocumentados, além da resistência do mercado local ao emprego de refugiados.

Os ciganos são, segundo a Cáritas Europas, outro grupo severamente marginalizado em Portugal. A maioria dos empregadores recusa-se a contratar pessoas ciganas e se, por vezes elas conseguem arranjar emprego, são despedidos quando o empregador descobre a sua etnia cigana.

A par destes grupos, a Cáritas Europa coloca os jovens como outro dos grupos mais vulneráveis, salientando que entre 2011 e 2015, devido à crise económica, emigraram mais de 77 mil jovens, com idades entre os 15 e os 24 anos, e que já naquela altura foram afectados no acesso ao emprego e, consecutivamente, à habitação ou na intenção de constituir família.

Defende, por isso, que sejam criadas condições para uma economia que apoie os trabalhadores mais vulneráveis, que aumentem as políticas de criação de emprego e o apoio social e que as autoridades portuguesas fomentem a inovação, a requalificação e formação profissionais e implemente medidas de apoio aos mais jovens.

“Além disso, as autoridades precisam de fazer um esforço para aumentar o salário mínimo para assegurar que as pessoas sejam capazes de cobrir os seus custos diários”, refere a Cáritas Europa.

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