Pedida prisão perpétua para assassino de menina luso-descendente
Ministério Público francês classifica criminoso como um perigoso pedófilo e predador sexual.
A justiça francesa pediu hoje prisão perpétua com um período de prisão efectiva de pelo menos 22 anos para Nordahl Lelandais, assassino confesso de Maëlys de Araujo, menina luso-descendente de oito anos que morreu em 2018.
“Peço-vos que declarem Nordahl Lelandais como um grande criminoso, um grande predador, culpado dos factos que aqui relatámos e de o condenarem a prisão perpétua, garantindo uma pena de prisão efectiva de, pelo menos, 22 anos”, pediu esta manhã o Ministério Público francês.
O julgamento decorrer no Tribunal de Grenoble, até sexta-feira o julgamento deste assassino confesso e a justiça francesa descreveu o homem de 38 anos como “um criminoso perigoso”, “um predador sexual”, “um medíocre” e “um pedófilo” que não sabe distinguir uma criança de um adulto a nível sexual. O julgamento, que começou no dia 31 de Janeiro, terá, segundo a justiça francesa, mostrado todas essas características.
Durante o julgamento, Nordahl Lelandais reconheceu ter matado a criança de forma “voluntária”, tendo desferido vários golpes com a intenção de matar a menina de origem portuguesa.
A morte de Maëlys de Araujo chocou a França em Agosto de 2017, já que a menina desapareceu de uma festa de casamento familiar, na cidade de Pont-de-Beauvoisin, onde estariam cerca de 200 convidados.
Em Maio de 2021, Nordahl Lelandais, que estava a ser investigado por outros homicídios e desaparecimentos à sua volta, foi condenado a 20 anos de prisão pela morte do jovem de 23 anos Arthur Noye. E o homicida continua a ser investigado pelas autoridades francesas sobre diferentes homicídios e sequestros nas regiões onde viveu ou onde se deslocou nos últimos anos.