Nacional | 12-06-2022 17:16

São aos milhares as notas que são enterradas ou escondidas noutros lados e se estragam

São aos milhares as notas que são enterradas ou escondidas noutros lados e se estragam

Banco de Portugal recuperou o equivalente a doze milhões e meio de euros nos últimos vinte anos e algumas das notas ficaram danificadas em incêndios.

O Banco de Portugal recuperou 324.853 notas entre 2002 e 2021, tendo restituído quase 12,6 milhões de euros a cidadãos que tinham notas de euro e escudo destruídas ou mutiladas e que, sem esse serviço, perderiam o dinheiro.

Segundo dados fornecidos à Lusa pelo Banco de Portugal, nesses 20 anos, a maior parte das notas recuperadas foram as de euro, mais de 299.013 no valor de 12,2 milhões de euros, enquanto as notas de escudo valorizadas foram 25.840 tendo sido pagos 358 mil euros.

O ano de 2017 foi aquele em que, pela primeira vez, foi ultrapassado o valor de um milhão de euros devolvido a cidadãos pelo serviço de valorização de notas do banco central. Nesse ano, foram valorizadas 35.636 notas de euro no valor de quase 1,4 milhões de euros e 2.433 notas de escudo no valor de 27 mil euros.

Apenas dos incêndios de 2017 chegaram ao Banco de Portugal 4.022 notas para serem valorizadas. Desse ano em diante os pedidos de valorização de notas aumentaram e, com excepção de 2020, em cada ano são valorizados mais de um milhão de euros.

O ano de 2018 foi aquele em que foi pago o valor mais alto, mais de 1,8 milhões de euros com a valorização de 32.167 notas de euro e 5.696 notas de escudo.

Em 2019, foram recuperadas 36.688 notas de euro e 767 notas de escudo e pagos quase 1,3 milhões de euros. Em 2020, foram valorizadas 23.419 notas de euro e 1.700 notas de escudo e pagos 983 mil euros. Por fim, em 2021, foram recuperadas 39.557 notas de euro e 1.339 de escudo e pagos 1,6 milhões de euros. Desde 1 de Março deste ano prescreveram as últimas notas de escudo, pelo que já não mais poderão ser valorizadas.

Qualquer cidadão que tenha notas destruídas ou mutiladas (estragadas por humidade, queimadas, comidas por animais, entre outros motivos) podem enviá-las para o Banco de Portugal para que sejam valorizadas.

Para que uma nota de euro seja valorizada, mais de 50% da superfície tem de poder ser reconstituída para ser possível garantir a sua autenticidade pelos elementos de segurança (no caso das notas de escudo eram 75%).

Se for possível valorizar a nota, esta é destruída e é dado aos cidadãos o montante correspondente. Numa nota de 20 euros mesmo que só metade seja visível o valor de 20 euros é creditado na conta do apresentante ou do legítimo proprietário.

Já se as notas forem irreconhecíveis, são dadas como perdidas, destruídas e a proprietário não recebe qualquer compensação.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1660
    17-04-2024
    Capa Vale Tejo
    Edição nº 1660
    17-04-2024
    Capa Lezíria/Médio Tejo