O MIRANTE dos Leitores | 04-08-2020 10:00

E porque não uma candidatura do ex-presidente de Torres Novas pelo PSD?

Pelo que vou lendo e olhando para o que se passa em termos políticos em Torres Novas o quadro mais provável nas eleições autárquicas do ano que vem será, na minha opinião, o de uma candidatura do antigo presidente da câmara socialista, António Rodrigues, não pelo movimento que formou, mas pelo PSD.

Pelo que vou lendo e olhando para o que se passa em termos políticos em Torres Novas o quadro mais provável nas eleições autárquicas do ano que vem será, na minha opinião, o de uma candidatura do antigo presidente da câmara socialista, António Rodrigues, não pelo movimento que formou, mas pelo PSD. Rodrigues demitiu-se do PS há três anos com críticas muito contundentes ao PS e quer voltar ao poder. O PSD precisa de um candidato com peso político para enfrentar o actual presidente Pedro Ferreira.


Foi em 1993 que António Rodrigues conquistou a câmara para o PS, afastando o PSD do poder, numas eleições bastante renhidas, que venceu por 88 votos. Integrou a lista do PS mas assumindo-se como independente e houve notícias, que ele sempre negou, que teria preenchido uma ficha de inscrição no PSD. Nos mandatos seguintes e até 2013, altura em que foi impedido de se recandidatar devido à lei de limitação de mandatos, foi ganhando eleições com maioria absoluta.


Nessa altura o candidato do PS foi Pedro Ferreira, que fora seu vice-presidente durante vinte anos. António Rodrigues foi cabeça-de-lista do PS à assembleia municipal e curiosamente até teve menos 1250 votos do que Pedro Ferreira para a câmara.
Em Julho de 2017, depois de se ter demitido de presidente da Assembleia Municipal de Torres Novas, António Rodrigues demitiu-se do PS após a direcção nacional do partido decidir recandidatar os autarcas que estavam no poder. Na altura escreveu que era uma decisão própria do antigo regime.


Embora se falasse numa candidatura sua, liderando uma lista independente, ele ficou nas covas, dizendo que não avançava por achar que o presidente em exercício devia ser avaliado pelo que fizera, dado que, no primeiro mandato, tinha beneficiado das suas obras. Uma desculpa esfarrapada para esconder a incapacidade de preparar uma candidatura independente. A resposta foi dada pelos eleitores, Pedro Ferreira aumentou o número de votos, cresceu em percentagem e ganhou mais um vereador, passando o PS de 4 para 5 eleitos.


Agora Rodrigues volta à carga. Editou um livro a autoelogiar-se, criou um movimento cívico, conseguiu um lugar como vice-presidente da associação Empresarial Nersant. O PS vai recandidatar Pedro Ferreira para um terceiro e último mandato. Uma candidatura independente implica muito trabalho. A solução ideal para ele seria ter o PSD a servir de barriga de aluguer. E porque não?
Fernando de Carvalho

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