A recolha porta a porta de plástico, vidro e cartão, feita pela Resitejo, que está já a ser feita nos concelhos de Chamusca, Constância e Barquinha, vai ser alargada nos próximos meses ao Entroncamento, tendo começado dia 10 de Agosto os contactos com moradores para a distribuição dos pequenos contentores que terão que colocar à porta de casa, nos dias a indicar para serem recolhidos por equipas de trabalhadores da empresa, durante a noite.
Pela minha parte não irei aceitar receber contentores uma vez que tenho duas ilhas ecológicas ou ecopontos, como são chamados, a pouco mais de cem metros de casa e desde que há pontos de recolha de resíduos para reciclagem que os separo e deposito nos locais indicados. Já agora, aproveito para dizer que raramente me aconteceu os mesmo estarem cheios, mas muitas vezes me aconteceu verificar que estavam vazios mas com cartão, vidro e plástico espalhado no chão, à volta deles.
O que espero é que os habitantes do Entroncamento que reside perto desses equipamentos não tenham direito a recolha porta a porta. Será obsceno que alguém que mora em frente a um ecoponto, ou num raio de meia dúzia de metros, tenha os seus resíduos recolhidos como se vivesse a uma grande distância.
A recolha porta a porta tem custos. Arranjar pessoal para andar a trabalhar de noite nessas recolhas não deve ser fácil até porque os ordenados pouco maiores devem ser que o ordenado mínimo. Se alguém que mora ao lado de um ecoponto com contentores para depósito de plástico, cartão e vidro não quer ir lá colocar esses resíduos, preferindo que os mesmos sejam recolhidos pelo pessoal da Resitejo, deve pagar, no mínimo, o dobro ou o triplo e taxas de resíduos sólidos. Se assim não for, é injusto que outros tenham que suportar o seu comodismo.
Fernando de Carvalho