O MIRANTE | 22-11-2019 07:00

“Em Portugal quase tudo começa e acaba numa auto-estrada”

“Em Portugal quase tudo começa e acaba numa auto-estrada”
32º ANIVERSÁRIO

João Moura - Administrador de empresas, 48 anos, actualmente é Deputado na Assembleia da República

O rio Tejo foi, é e será o principal elemento e riqueza do distrito de Santarém. Isso acontece devido à sua importância ambiental e económica. E é o principal elemento de ligação entre as comunidades do Médio e Lezíria do Tejo. Isso atribui-nos o peso da responsabilidade dele cuidar e dele retirar proveito sem o prejudicar. Infelizmente há problemas que o afectam que se têm perpetuado no tempo e temos de continuar a lutar incessantemente por ele.

Não há interior do país na concepção habitual de interior. Atendendo à nossa dimensão e disposição em rectângulo vertical há, de facto, em Portugal, locais com poucos habitantes onde se poderiam fixar mais pessoas. Há locais abandonados que não estão obrigatoriamente e em exclusivo nos meios de menor aglomerado populacional e há um Portugal inteiro envelhecido. Em Portugal quase tudo começa e acaba numa auto-estrada.

Em Novembro de 1987 quando surgiu O MIRANTE eu enviava cartas pelo correio. E quando queria telefonar ia a uma cabine telefónica. Em casa usava aquele aparelho preto com um disco de números de zero a nove e com um cabo enrolado em caracol. O referido disco redondo de números hoje é um enorme desafio para os mais novos…

Estou a pensar comprar um automóvel eléctrico. Dentro em pouco comprar esse tipo de veículos vai ser uma inevitabilidade.

Comecei a trabalhar a partir dos 14 anos, durante as férias escolares de Verão. Trabalhava nos Programas Ocupacionais de Tempos Livres. Trabalhei na Repartição de Finanças a organizar documentação e nos Bombeiros de Ourém a lavar as viaturas. Durante o 12º ano, como tinha apenas três disciplinas, ocupei parte do tempo numa rádio local como locutor. Desde essa altura até hoje já mudei umas quantas vezes de trabalho.

Escrevo de acordo com o novo Acordo Ortográfico. Acontece, por vezes, usar uma ou outra palavra de antes do acordo. Tem a ver com a existência ou não de corrector automático no computador.

No Ribatejo faz-nos falta maior afirmação a todos os níveis. Faz-nos falta ser uma região NUT II com autonomia, independente de Lisboa. No concelho de Ourém, onde sempre morei, faz falta a disponibilidade de um sistema de saúde público de qualidade.

Comparando apenas as Finanças e o SNS direi que somos melhor atendidos pelas Finanças. Esses não falham a comunicar connosco no deve. No Serviço Nacional de Saúde a parte do haver tem difícil acesso.

Na região temos grandes acontecimentos anuais. Desde logo as grandes peregrinações de Fátima, a Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, e a Feira do Cavalo na Golegã, são três acontecimentos de grande referência e importância nacional e impacto internacional.

Um aeroporto civil em Tancos faz muita falta. É a principal obra que todos os partidos políticos e agentes com responsabilidades na região deveriam defender em uníssono. Até pela sua importância estratégica para Portugal.

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