O MIRANTE | 01-01-2021 00:00

Cientista Miguel Castanho é a escolha de O MIRANTE para Personalidade do Ano 2020

Cientista Miguel Castanho é a escolha de O MIRANTE para Personalidade do Ano 2020

A redacção de O MIRANTE escolheu Miguel Castanho para Personalidade do Ano, pelo seu desempenho como cientista mas também pela sua postura cívica, frontal, lúcida, e pelo seu humanismo.

O MIRANTE escolheu para Personalidade do Ano de 2020 o cientista Miguel Castanho, pelo seu papel no âmbito da divulgação de informação credível, ponderada e acessível sobre questões relacionadas com a situação da pandemia que vivemos. A escolha foi também determinada pela sua postura cívica, frontal e lúcida, e pelo seu humanismo.

Miguel Castanho, 53 anos, é cientista no Instituto de Medicina Molecular e professor catedrático de Bioquímica na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Trabalha há muitos anos no estudo de vírus e desenvolvimento de moléculas anti-virais.

A sua permanente disponibilidade para falar com os jornalistas é determinada pela defesa de uma informação certificada. Lembra frequentemente que elaborar uma verdade científica exige bastante trabalho e procedimentos padronizados, mas que para fazer uma notícia falsa basta um pouco de imaginação e uma meia verdade.

Foi crítico dos que falaram da Covid-19 como uma simples gripezinha, e prudente relativamente às altas expectativas relativas à descoberta de uma vacina em tão pouco tempo. Mesmo depois de a mesma ter sido anunciada, e com tudo preparado para a vacinação, continuou a ser rigoroso na avaliação da situação, não alinhando na euforia generalizada, nomeadamente da classe política.

Sem receios, explica que a vacina é eficaz e segura, mas que a comunidade científica poderia, se não estivesse tão pressionada, ter desenvolvido um produto melhor e mais optimizado, a nível de eficácia, segurança, manuseamento e custo.

Apesar do interesse da ciência ter estado, nos últimos meses, mais centrado na descoberta de uma vacina, sempre foi chamando a atenção para o facto de as grandes questões da ciência permanecerem actuais, dando como exemplo as ligadas à longevidade humana, devido a problemas como o Cancro e Alzheimer, entre outras.

Natural e residente em Santarém, assume um carinho especial pela sua terra e tem participado em diversas iniciativas. Numa das últimas em que esteve como orador, defendeu a necessidade de haver mais cientistas no Parlamento, para que não se continuem a aprovar leis ao sabor de modas.

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