Opinião | 04-08-2022 06:59

A chegada da Mercadona e o burburinho que causou em Santarém

JAE

A chegada da Mercadona a Santarém obrigou algumas das maiores superfícies comerciais, já instaladas na cidade, a realizar obras e grandes campanhas de desconto, que só favorecem o consumidor.

A chegada da Mercadona a Santarém criou uma pequena revolução no comércio local que merece reflexão. Como todos sabemos, algumas das grandes superfícies instalaram-se em Santarém de uma forma pornográfica, algumas delas quase ocupando a estrada nacional e anunciando a sua presença com publicidade às marcas de uma forma que é um atentado à paisagem, numa cidade que tem orgulho dos seus pergaminhos históricos. Não falo em nomes, pois, cada um que tire as suas conclusões. O que acho digno de notícia, esquecendo por agora os autarcas idiotas que permitiram tal desgoverno na construção desses edifícios, foram as obras que decorreram nos últimos tempos em algumas empresas concorrentes da Mercadona, assim como as campanhas de desconto que começaram, e ainda decorrem, nas maiores superfícies, como a quererem fixar os seus clientes numa estratégia comercial que só beneficia os consumidores.
A ideia de que negócio gera negócio fica provado com o investimento em obras e em descontos ao consumidor que a chegada da Mercadona veio provocar na concorrência. Não sei, nem perguntei, se as obras de renovação dos espaços pagaram licenças como pagam os pobres cidadãos comuns; não sei nem perguntei se o tempo de espera das licenças para as grandes empresas, que representam as grandes marcas foi o mesmo que costuma ser para os munícipes e os pequenos lojistas. Dou de barato essas questões por agora pois o que nos interessa destacar é a chegada a Almeirim e a Santarém de mais uma grande empresa que vem para acrescentar valor e chegou com uma postura de colaboração e proximidade que não é normal nos grandes grupos instalados.

Santarém perdeu nas últimas décadas muito do seu pequeno comércio. O centro histórico, que é a alma da cidade se não é tem que voltar a ser precisa do apoio financeiro que a autarquia tem que cobrar às grandes superfícies que se instalam à beira da estrada. Mais ainda: as grandes superfícies que pintam as suas paredes com as cores e os símbolos das suas marcas deviam pagar taxas de publicidade milionárias de acordo com a poluição visual que causam, já que os estragos na paisagem não têm preço nem podem ser só avaliados em euros. JAE.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1657
    27-03-2024
    Capa Vale Tejo
    Edição nº 1657
    27-03-2024
    Capa Lezíria/Médio Tejo