Política | 29-05-2019 10:15

Concurso para o museu da Central do Caldeirão vai ser repetido

Concurso para o museu da Central do Caldeirão vai ser repetido

Câmara de Torres Novas viu-se obrigada a abrir um novo procedimento e a aumentar em 400 mil euros o valor base inicialmente previsto para a empreitada.

O concurso público para a construção do museu e espaço comercial da Central do Caldeirão, em Torres Novas, foi anulado, uma vez que dos quatro concorrentes que manifestaram interesse, apenas um apresentou uma proposta de orçamento mas com um montante 30% superior aos 1,2 milhões de euros que o município previa como valor base para a empreitada. Na última reunião de câmara, o executivo decidiu anular o concurso e abrir um novo procedimento concursal para esta empreitada, aumentando o valor base para 1,6 milhões.

A dificuldade actual que as empresas de construção civil passam, por diversos motivos, nomeadamente a falta-de-mão de obra, foi a justificação apresentada por Pedro Ferreira, presidente da câmara de Torres Novas. “Não é só um problema que acontece no nosso município. Vejo todos os autarcas a queixarem-se do mesmo: concursos públicos que ficam vazios”.

Tanto o Bloco de Esquerda como o Partido Social Democrata (PSD) abstiveram-se nesta votação. Para João Quaresma (PSD) a derrapagem que este projecto já leva sem ainda terem arrancado as obras, torna “difícil” dar o voto favorável.

Já Helena Pinto (BE) absteve-se por não ter “noção” em que ponto de situação está o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU). “Não consigo votar em consciência, algo que desconheço, que é o estado das verbas do PEDU. Não sei se estão já ultrapassadas, com tantas alterações feitas aos projectos inseridos nele, por isso vou abster-me em tudo o que respeita ao PEDU”, referiu.

De recordar que este edifício albergava uma central de produção de energia eléctrica e, mais tarde, viria a alojar também os serviços da EDP. Após a desactivação da central, o espaço foi doado ao município de Torres Novas.

A autarquia apresentou um projecto de execução que foi aprovado na reunião camarária de 11 de Abril de 2018, que dotará o espaço de uma área museológica e um Centro de Interpretação, que revisita o funcionamento desta instalação.

O edifício terá condições para acolher acções culturais e de dinamização social e económica, incluindo um restaurante, um espaço multiusos para espectáculos, áreas para comércio e serviços e todo o tratamento do jardim exterior com vista para a tarambola.

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