Política | 25-02-2021 17:55

Autarcas de Abrantes defendem inclusão da ponte sobre o Tejo e IC9 no Plano de Resiliência e Recuperação

Criticam a omissão da nova travessia sobre o Tejo e conclusão da ligação do IC9 à A23 e temem que o plano do Governo seja mais uma oportunidade perdida para desenvolver o Médio Tejo.

A não inclusão da conclusão da ligação IC9 à A23 e da nova ponte rodoviária sobre o Tejo entre Abrantes e o Tramagal, no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) apresentado pelo Governo gerou revolta e desilusão entre os autarcas, das várias cores políticas com assento na Câmara de Abrantes.

O Bloco de Esquerda (BE), pela voz do vereador Armindo Silveira sugeriu mesmo em sessão camarária que o executivo solicitasse uma reunião urgente com o Ministério do Planeamento, para que seja vincada “a importância vital desta infraestrutura” para o desenvolvimento da região. “Não podemos deixar passar mais uma oportunidade de financiamento sob pena de adiarmos por muitos anos a concretização deste infraestrutura e quiçá condenarmos ao fracasso as empresas já instaladas e o comércio que ainda resiste”, avisou.

O vereador do PSD foi na mesma onda do BE e reforçou as críticas a esta omissão no PRR, cuja consulta pública cessou a 1 de Março. “Esta obra é uma solução que já está estudada há vários anos, pelos vários Governos”, lembrou Rui Santos, defendendo que para Abrantes esta ligação significaria a retirada do trânsito, “especialmente o pesado” do centro da cidade e a “abertura de novas perspectivas de desenvolvimento e investimento na zona industrial do Tramagal”.

Lembrando que esta obra está “inscrita no Plano Nacional de Investimento”, o presidente da Câmara de Abrantes demonstrou, em resposta aos vereadores da oposição, um misto de desilusão e esperança, ao vincar que não é ainda claro que apenas as obras que estão no PRR se venham a concretizar.

O que Manuel Valamatos não aceita é que acusem a autarquia de maioria socialista de nada fazer para defender o arranque e necessidade desta infraestrutura. “Se alguém tem lutado pelo IC9 e conseguiu mantê-lo no Plano Rodoviário Nacional, temos sido nós. O IC9 para nós é uma questão de afirmação desta região é determinante para o nosso desenvolvimento”, afirmou o autarca, destacando que a sua não conclusão marca a assimetria entre o litoral e o interior.

*Notícia desenvolvida na próxima edição semanal de O MIRANTE

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