Política | 25-02-2021 17:55

PSD e CDS preparam coligação em Azambuja e criticam impasse dos socialistas

Os dois partidos estiveram reunidos para definir estratégias para as eleições autárquicas, em Outubro. PSD e CDS querem ser “alternativa ao actual impasse autárquico” dos socialistas que têm a CDU como jogadora “suplente”.

Os acordos à direita para as eleições autárquicas que se realizam em Outubro já mexem em Azambuja, com o PSD e CDS a anunciar o início das conversações para uma coligação que terá como desafio derrubar o domínio socialista no concelho. Numa demonstração de força, os presidentes das respectivas comissões políticas Rui Corça (PSD) e Vasco Lima (CDS-PP) emitiram um comunicado, dando nota da “construção de uma plataforma política alternativa ao actual impasse autárquico aberta a cidadãos independentes e de outras forças partidárias”.

O que querem, avançam, é uma “acção autárquica concreta, focada nas pessoas e para as pessoas e na determinação quotidiana para construir um futuro melhor para as populações do concelho, em particular nas áreas da educação, habitação, saúde, trabalho e ambiente”.

A estratégia eleitoral ainda embrionária, não exclui, para já, o discurso feroz para com o seu principal adversário político, nem tão pouco esquece a CDU que nas últimas autárquicas conquistou duas juntas de freguesia em 2017, ao contrário da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra (PSD, CDS-PP, MPT e PPM) que não venceu nenhuma. “Estes últimos quatro anos de mandato autárquico demonstraram que o projecto político do Partido Socialista está esgotado e traduziu-se na prática numa gestão municipal errática, vazia de ideias, obras ou acções, sem qualquer planeamento estratégico e definição de prioridades e principalmente muito aquém das necessidades das populações”, começa por se ler no comunicado. Depois vêm os exemplos: a incapacidade de passar para a obra o “Mapa de Intervenções Urgentes em Estradas Municipais” definido pela câmara municipal em 2017; o impasse nas obras de requalificação da Estrada Nacional 3, da Escola Secundária de Azambuja e a passagem de peões junto à rotunda de acesso à Auto-Estrada número 1, em Aveiras de Cima que permanece inexistente.

Afirmando que Azambuja é “um território abandonado por todos os poderes socialistas”, acusam a câmara municipal de viver “fechada sobre si própria”, levando a que o concelho tenha perdido “dinamismo e capacidade de resposta para enfrentar e vencer os desafios da competitividade territorial e da recuperação económica e social”.

Virando-se para a esquerda comunista, os líderes do PSD e CDS de Azambuja criticam que nos últimos quatro anos, o vereador David Mendes se tenha comportado como um “jogador suplente”. Acusam-no de nunca ter apresentado quaisquer propostas ou soluções alternativas, “resignando-se a validar sem grande discussão, as opções tomadas pelo PS”.

A estratégia socialista para enfrentar a pandemia de Covid-19 também não escapou à crítica. “O empobrecimento estrutural das famílias acentua-se” e “não há quaisquer apoios aos pequenos comerciantes e empresários que assim estão condenados à falência”, afirma, acrescentando que “o concelho hoje está mais atrasado, porque perdeu o que tinha e não ganhou o que outras comunidades já conquistaram”.

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