Política | 14-05-2021 18:00

Deputado exorta população da Chamusca a lutar por melhores acessos

Deputado exorta população da Chamusca a lutar por melhores acessos
POLÍTICA

Duarte Marques considera incompreensível a inércia de sucessivos governos no sentido de melhorar a rede de acessibilidades ao Eco-Parque do Relvão, para onde diariamente se dirigem muitos camiões carregados de resíduos perigosos e não perigosos, e diz que é mais do que tempo de os governantes abrirem os olhos para o problema.

O deputado do PSD Duarte Marques, eleito pelo distrito de Santarém, defendeu uma acção da população da Chamusca para que os governantes “abram os olhos e resolvam de vez” o problema das acessibilidades ao Ecoparque do Relvão.

O parlamentar disse que “o desespero grassa há muitos anos” em torno daquela que “é talvez a obra mais justa da região”, a ponto de gerar o consenso de todos os partidos com assento parlamentar, considerando “incompreensível” que os governos não tenham aproveitado oportunidades como a criada agora com o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e que o Ministério do Ambiente recuse recorrer ao Fundo Ambiental.

“Não sei como é que aquela população nunca fechou aquela estrada ou como o próprio autarca nunca se chegou à frente e simbolicamente encerrou aquela estrada, nem que fosse durante uma hora. Acho que é isso que está a fazer falta para que as pessoas abram os olhos e resolvam o problema de vez àquelas pessoas”, declarou.

Para o deputado, não sendo a obra de maior monta, nem a que beneficia mais gente no distrito de Santarém, a questão da conclusão do IC3, entre Almeirim e Vila Nova da Barquinha, com uma nova ponte sobre o Tejo na Chamusca, “é talvez a obra mais justa da região”.

Duarte Marques lembrou que quando foi negociada a instalação no Ecoparque do Relvão, na freguesia da Carregueira, na Chamusca, dos dois únicos Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos (CIRVER) existentes no país, “uma das contrapartidas” por as populações deste concelho “levarem com o lixo mais perigoso de todo o país, era pelo menos terem uma melhoria dos acessos”.

Os dois CIRVER foram instalados em 2008 no Ecoparque do Relvão, numa zona que tem vindo a acolher várias empresas que se dedicam a receber e tratar todo o tipo de resíduos. “Ora, não só não tiveram uma melhoria, mas tiveram uma regressão total, porque aquelas pessoas têm a vida feita num inferno e, de facto, espanta-me como é que isto ainda não se resolveu”, declarou.

Duarte Marques lamentou a resposta do ministro do Ambiente à proposta feita pelo PSD, de recurso ao Fundo Ambiental para financiar parte de uma obra que é da responsabilidade do Ministério das Infraestruturas, e manifestou a sua perplexidade pelo desconhecimento do problema revelado por João Pedro Matos Fernandes.

Para Duarte Marques, a obra, ao contrário do afirmado pelo ministro João Pedro Matos Fernandes, enquadra-se nos objectivos do Fundo Ambiental, de “reparar danos de cumprimento de objectivos ambientais”, já que se trata de “uma externalidade negativa do Ecoparque do Relvão”, além de que muitas das empresas ali instaladas financiam o fundo.

Na última audição do ministro na comissão parlamentar de Ambiente e Ordenamento do Território, Duarte Marques levou um vídeo que o próprio gravou junto à ponte da Chamusca, onde se vê um tráfego intenso de camiões, para que Matos Fernandes deixe “de alegar desconhecimento do assunto para não ajudar a resolver o problema”.

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