Política | 10-09-2021 21:00

Anabela Freitas: “Se querem fazer campanha eleitoral não é na reunião de câmara de Tomar”

Anabela Freitas: “Se querem fazer campanha eleitoral não é na reunião de câmara de Tomar”
Hugo Cristóvão. Anabela Freitas e Célia Bonet

O verniz estalou na última sessão camarária de Tomar depois de uma acesa troca de palavras entre a vereadora do PSD, Célia Bonet, e o vice-presidente da autarquia, Hugo Cristóvão. Em causa a utilização de um espaço público para a realização de campanha eleitoral. A presidente do município, num tom mais enérgico, deu um murro na mesa e colocou um ponto final na discussão.

“Se querem fazer campanha eleitoral não é na reunião de câmara de Tomar. Não estamos num debate entre dois partidos, estamos aqui como eleitos e para falar sobre a gestão da autarquia”. Foi num tom elevado e enérgico que Anabela Freitas (PS), presidente da Câmara de Tomar, colocou um ponto final numa discussão acesa entre o vice-presidente, Hugo Cristóvão (PS), e a vereadora do PSD, Célia Bonet.

Os ânimos aqueceram na sessão camarária de 30 de Agosto quando Célia Bonet solicitou um requerimento a pedir explicações para a apresentação da candidatura de Augusto Barros à Junta Urbana de Tomar ter decorrido no Jardim do Mouchão, com recurso ao palco e sistema de som utilizados no âmbito do evento “Tomar ComVida”. A autarca questionou ainda se algum funcionário da autarquia foi destacado para trabalhar na iniciativa.

Hugo Cristóvão não gostou das perguntas e respondeu com dureza às palavras da vereadora social-democrata. “Não sei se deva utilizar um tom irónico ou sério na resposta. Antes de mais, aconselho-a a ler a lei de utilização dos espaços públicos. Devo-lhe dizer que todos os partidos políticos, inclusive o que representa, solicitaram espaços para realizarem campanha eleitoral”, referiu, acrescentando que a apresentação não teve qualquer custo para o município.

O vice-presidente continuou sublinhando que o único partido que utilizou espaços públicos sem pedir autorização foi o PSD. “O mundo não acaba dia 26 (eleições autárquicas), por isso aconselho calma e que olhem para si próprios e não façam acusações infundadas”, rematou.

Célia Bonet voltou a pedir a palavra para criticar o tom “intimidatório e ameaçador” do vice-presidente, uma vez que apenas solicitou um requerimento e não fez qualquer acusação. “Quando a conversa não lhe interessa, tenta sempre ridicularizar as questões, mas esse truque não funciona comigo e vou continuar a perguntar aquilo que bem entender”, afirmou.

A autarca do PSD comparou o seu colega de executivo com “os meninos da escola primária” que se queixam muito tempo depois das coisas acontecerem. Foi nesta altura que a vereadora foi interrompida por Anabela Freitas, visivelmente exaltada, tendo-se mostrado insatisfeita por a presidente lhe ter cortado a palavra quando não o fez quando Hugo Cristóvão intervinha.

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