Política | 17-10-2021 10:00

Autarcas de VFX reclamam soluções para problemas nos centros de saúde

Última sessão da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira marcada por análise dura à situação dos centros de saúde do concelho. Mais de 16 mil pessoas continuam sem acesso a médico de família.

Os problemas sentidos nos centros de saúde do concelho de Vila Franca de Xira não podem continuar e está na hora da tutela tomar medidas eficazes que acabem, sobretudo, com a falta de médicos de família que afecta aquele território.

As queixas foram deixadas pelos eleitos municipais de Vila Franca de Xira na última assembleia municipal do mandato, onde o funcionamento da rede de cuidados primários de saúde esteve em discussão. Isto depois dos centros de saúde de Vila Franca de Xira e Póvoa de Santa Iria terem sido notícia nas últimas semanas devido a vários problemas no atendimento.

“Este ano, já em plena pandemia e crise de saúde pública, tornaram-se mais evidentes que nunca as carências dos centros de saúde e USF do concelho”, lamentou Adélia Gominho, do partido Pessoas, Animais e Natureza (PAN). “O centro de saúde da Póvoa esgotou a capacidade física das instalações em pouco mais de 15 anos numa falta de planeamento urbano que se agravará quando acabarem de ser construídas as urbanizações da frente ribeirinha”, alertou.

A eleita nota que a existência de 150 mil utentes inscritos nos centros de saúde do concelho, mais do que a população residente em todo o território, acaba por enviesar os números que são debatidos. Uma certeza é que o concelho tem 16.095 utentes sem médico, com a cidade da Póvoa de Santa Iria a liderar a lista, com 7.469 utentes.

Já houve 40 mil sem médico de família

“No Centro de Saúde de Alhandra dos oito médicos ao serviço seis vão reformar-se em 2022. Imagine-se o que essa situação vai gerar naquela unidade. Na Unidade de Cuidados Continuados, um serviço de proximidade para quem não se pode deslocar ao centro de saúde, os serviços têm carência de viaturas e há enfermeiras a ir de táxi fazer o serviço às residências”, criticou David Pato Ferreira, da bancada da coligação Mais, liderada pelo PSD.

A bancada do PS, pela voz de Paulo Afonso, reconheceu que é preciso fazer melhorias e que se vive uma tempestade perfeita. “A pandemia mostrou as fragilidades que temos”, lamentou, ao mesmo tempo que notou os progressos feitos na última década quando o concelho passou de 40 mil utentes sem médico para os actuais 16 mil.

Já a bancada do Bloco de Esquerda, pela voz de Catarina Lourenço, considerou ser “absolutamente inaceitável” que a comunidade continue a enfrentar problemas no acesso a cuidados de saúde. Já Joana Bonita, da CDU, defendeu a necessidade de ser considerada uma prioridade a defesa e reforço do investimento no Serviço Nacional de Saúde acusando os governos anteriores de não zelarem pela melhoria dos cuidados de saúde.

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