Política | 28-11-2021 17:57

Escolha de candidatos do BE por Santarém às legislativas dá novamente polémica

Direcção nacional apresenta alternativa à escolha já feita pela assembleia distrital.

O Bloco de Esquerda dividiu-se novamente na escolha da lista por Santarém às eleições legislativas, à semelhança do que aconteceu em 2019. A assembleia distrital do BE escolheu na semana passada Ana Sofia Ligeiro como cabeça de lista, mas na reunião da mesa nacional do partido, realizada no domingo, 28 de Novembro, foi apresentada uma versão alternativa, com Fabíola Cardoso, actual deputada, como cabeça de lista.

Recorde-se que já em 2019 aconteceu episódio semelhante que evidenciou as divisões existentes no Bloco de Esquerda do distrito de Santarém. Na altura, a estrutura distrital indicou o então deputado Carlos Matias como cabeça de lista às legislativas, mas a mesa nacional acabaria por optar por Fabíola Cardoso, que acabaria por ser eleita deputada.

Os elementos da moção E anunciaram este domingo ter abandonado “em protesto” a reunião da Mesa Nacional do BE e acusam aquele órgão de estar a realizar uma “votação anti-estatutária” das listas às eleições legislativas. Segundo informações adiantadas à agência Lusa, também os membros da moção N abandonaram a sala.

O programa eleitoral e as listas de deputados do BE às eleições legislativas de 30 de Janeiro serão hoje aprovados pela Mesa Nacional do partido, órgão máximo entre convenções.

De acordo com o comunicado enviado à agência Lusa pela moção E, que na última convenção elegeu 17 dos 80 lugares da Mesa Nacional, “em causa está a apresentação de uma lista alternativa à sufragada pelas/os militantes do distrito de Santarém, numa tábua rasa à decisão do órgão competente regional”.

“As/os membros eleitas/os pela Moção E recusam participar numa proposta viciada de ilegalidade e exigiram a retirada da lista B por Santarém, versada na proposta a sufrágio na Mesa Nacional”, refere o mesmo comunicado, segundo o qual “votar numa proposta desta natureza é ser conivente com o incumprimento estatutário e é rasgar a democracia interna”.

À agência Lusa, fonte da Mesa Nacional referiu depois que “os membros eleitos pela moção E apresentaram, sob alegações estatutárias, uma proposta para que apenas fossem colocadas à votação da Mesa Nacional as propostas de candidaturas feitas pelas distritais”.

“Nos casos de Santarém e de Portalegre surgiram na Mesa Nacional propostas diferentes, vindas da Comissão Política e de um membro da Mesa Nacional, respectivamente”, explicou.

Face à rejeição da proposta da moção E, “os representantes das moções E e N abandonaram a reunião antes desta votação”, explica a mesma fonte, que adianta ainda que “as propostas de candidatos a estes círculos eleitorais serão votadas na Mesa Nacional em alternativa”.

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