Política | 04-03-2023 15:00

Casa do Benfica em Santarém deu que falar na assembleia municipal

Casa do Benfica em Santarém deu que falar na assembleia municipal
Ricardo Gonçalves e Rui Costa no dia 8 de Fevereiro de 2023, quando foi assinado o protocolo que vai permitir a criação da primeira Casa do Benfica de última geração em Santarém

As cafetarias do antigo Jardim da Liberdade, espaço onde vai nascer a moderna Casa do Benfica em Santarém, foram cedidas gratuitamente pela Câmara de Santarém ao clube das águias por 50 anos. Inicialmente o prazo apontava para 30 anos e na assembleia municipal o facto não passou despercebido.

Os termos do protocolo assinado entre a Câmara de Santarém e o Sport Lisboa e Benfica, para criação de uma Casa do Benfica em Santarém de última geração, sofreram alterações face à versão inicialmente divulgada, nomeadamente no que toca ao período de cedência gratuita ao clube, em direito de superfície, das antigas cafetarias do Jardim da Liberdade, que dilatou de 30 para 50 anos. A alteração não foi mencionada durante a sessão formal de assinatura do protocolo entre a autarquia e o Benfica, que decorreu a 8 de Fevereiro nos paços do concelho de Santarém, nem na reunião de câmara posterior, onde o protocolo já rubricado foi levado para conhecimento. Só na sessão da assembleia municipal realizada a 28 de Fevereiro, o eleito do PS José Magalhães falou do assunto, para confessar a sua surpresa e questionar com ironia por que razão havia um prazo para a concessão. “O prazo devia ser eterno e deixava de ser uma concessão para ser uma doação” disse.

José Magalhães pediu que o protocolo seja agendado para debate na assembleia municipal, “artigo a artigo”, e confessou ainda a sua estupefação por o montante do investimento previsto pelo Benfica continuar a ser o mesmo, na ordem dos 900 mil euros, que já estava perspectivado antes da pandemia. “Não teve ajustamentos com a realidade e até com a inflação mas, pasme-se, houve oportunidade para passar de 30 anos para 50 o prazo da concessão”, afirmou.

Também o eleito do CDS Pedro Melo levantou questões sobre o assunto, perguntando se está prevista alguma remuneração para o município dessa cedência de património, referindo que neste tipo de modelo de negócio faz sentido haver, a priori, alguma remuneração. Na resposta, o presidente da Câmara de Santarém disse que a remuneração está relacionada com as obras de requalificação dos espaços que o Benfica vai fazer, nada dizendo acerca do aumento do prazo de concessão. Mas, ao que apurámos, terá sido o clube a solicitá-lo face ao elevado investimento que ali vai fazer.

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