António Inácio acusa presidente da Junta da Póvoa de inércia
Líder da segunda força política mais votada na freguesia deu uma conferência de imprensa demolidora onde acusou a actual presidente da junta de inércia e incapacidade para modernizar a Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa.
277 dias depois da tomada de posse do novo executivo a União de Freguesias de Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa está a andar para trás e a qualidade de vida dos moradores a piorar, considera António José Inácio, líder do movimento independente Póvoa Mais Forte (AIPMF) que na última semana, em conferência de imprensa, acusou a presidente da junta, a socialista Ana Cristina Pereira, de inércia e incapacidade de dar um rumo de futuro às duas localidades.
O movimento independente – liderado pelo ex-presidente da antiga Junta de Freguesia do Forte da Casa, António Inácio – fez um balanço arrasador dos primeiros meses de mandato e aludiu à entrevista que a autarca socialista deu recentemente a O MIRANTE, considerando que foi o espelho de quem não tem nada para dizer. “Quem a ler fica convencido que tudo vai bem no reino dos céus e não há problemas nesta união de freguesias. Não é verdade e há imensos”, critica Amadeu Pinto, um dos eleitos do movimentos na assembleia de freguesia.
O líder do movimento, António Inácio, chamou os jornalistas para dizer que, no seu entender, nada melhorou na freguesia, com cada vez pior higiene urbana, falta de espaços verdes, trânsito e segurança caótica e um desinvestimento geral nos espaços de lazer e recreativos. Tudo considerações que o executivo da junta já tinha refutado por várias vezes em assembleia de freguesia. “É urgente requalificar a Póvoa antiga e não há manutenção do equipamento urbano. O mercado retalhista e do levante do Forte da Casa, o melhor do concelho, está ao abandono, com quatro vendedores, e a máquina de gelo que apoiava as bancas de peixe está avariada há oito anos”, critica.
Em três folhas de problemas, António José Inácio destaca a falta de ligação do executivo com os trabalhadores da junta e lamenta a falta de resposta à maioria dos requerimentos apresentados pela sua bancada na assembleia de freguesia. “Faltam iniciativas na Póvoa e no Forte. Nunca percebemos por que motivo somos a única freguesia do concelho que não promove o seu dia da cidade nem distingue os seus cidadãos de mérito”, lamenta. A existência de um depósito de lixo nos Caniços que ardeu recentemente é para os autarcas “uma vergonha” e exigem que a junta tome medidas para melhorar a salubridade urbana.
Luta pela desagregação
Ao contrário de Ana Cristina Pereira, que defendeu em entrevista a O MIRANTE a união das freguesias de Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa, António José Inácio diz que tal não faz sentido e continua empenhado na reversão da medida imposta em 2013. “Estamos a trabalhar nesse sentido e numa proposta que vamos apresentar em assembleia de freguesia visando dar seguimento a essa desagregação. Falaremos com outras bancadas para obter os votos necessários à sua aprovação”, garante o autarca. Na iniciativa estiveram presentes, além de António Inácio e Amadeu Pinto, as eleitas Rosa Barral e Patrícia Fernandes.