Política | 01-08-2022 21:00

António Inácio acusa presidente da Junta da Póvoa de inércia

Bancada independente de António José Inácio faz balanço arrasador dos primeiros meses de mandato de Ana Cristina Pereira

Líder da segunda força política mais votada na freguesia deu uma conferência de imprensa demolidora onde acusou a actual presidente da junta de inércia e incapacidade para modernizar a Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa.

277 dias depois da tomada de posse do novo executivo a União de Freguesias de Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa está a andar para trás e a qualidade de vida dos moradores a piorar, considera António José Inácio, líder do movimento independente Póvoa Mais Forte (AIPMF) que na última semana, em conferência de imprensa, acusou a presidente da junta, a socialista Ana Cristina Pereira, de inércia e incapacidade de dar um rumo de futuro às duas localidades.
O movimento independente – liderado pelo ex-presidente da antiga Junta de Freguesia do Forte da Casa, António Inácio – fez um balanço arrasador dos primeiros meses de mandato e aludiu à entrevista que a autarca socialista deu recentemente a O MIRANTE, considerando que foi o espelho de quem não tem nada para dizer. “Quem a ler fica convencido que tudo vai bem no reino dos céus e não há problemas nesta união de freguesias. Não é verdade e há imensos”, critica Amadeu Pinto, um dos eleitos do movimentos na assembleia de freguesia.
O líder do movimento, António Inácio, chamou os jornalistas para dizer que, no seu entender, nada melhorou na freguesia, com cada vez pior higiene urbana, falta de espaços verdes, trânsito e segurança caótica e um desinvestimento geral nos espaços de lazer e recreativos. Tudo considerações que o executivo da junta já tinha refutado por várias vezes em assembleia de freguesia. “É urgente requalificar a Póvoa antiga e não há manutenção do equipamento urbano. O mercado retalhista e do levante do Forte da Casa, o melhor do concelho, está ao abandono, com quatro vendedores, e a máquina de gelo que apoiava as bancas de peixe está avariada há oito anos”, critica.
Em três folhas de problemas, António José Inácio destaca a falta de ligação do executivo com os trabalhadores da junta e lamenta a falta de resposta à maioria dos requerimentos apresentados pela sua bancada na assembleia de freguesia. “Faltam iniciativas na Póvoa e no Forte. Nunca percebemos por que motivo somos a única freguesia do concelho que não promove o seu dia da cidade nem distingue os seus cidadãos de mérito”, lamenta. A existência de um depósito de lixo nos Caniços que ardeu recentemente é para os autarcas “uma vergonha” e exigem que a junta tome medidas para melhorar a salubridade urbana.

Luta pela desagregação
Ao contrário de Ana Cristina Pereira, que defendeu em entrevista a O MIRANTE a união das freguesias de Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa, António José Inácio diz que tal não faz sentido e continua empenhado na reversão da medida imposta em 2013. “Estamos a trabalhar nesse sentido e numa proposta que vamos apresentar em assembleia de freguesia visando dar seguimento a essa desagregação. Falaremos com outras bancadas para obter os votos necessários à sua aprovação”, garante o autarca. Na iniciativa estiveram presentes, além de António Inácio e Amadeu Pinto, as eleitas Rosa Barral e Patrícia Fernandes.

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