Política | 27-04-2022 07:00

Câmara de Santarém baixa dívida em quase três milhões

O executivo de Ricardo Gonçalves continuou a investir em obras e conseguiu mesmo assim reduzir a dívida da Câmara de Santarém

O município tinha em 2011 uma dívida de 99,7 milhões de euros e mesmo fazendo investimentos e aumentando as transferências para as freguesias e para as associações conseguiu reduzir o passivo para menos de metade, segundo revelam as contas de 2021. O presidente da câmara, Ricardo Gonçalves, diz que os números permitem encarar o futuro com optimismo.

A Câmara de Santarém aprovou as contas de 2021 que apresentam uma redução da dívida do município para 41,9 milhões de euros, menos 2,7 milhões que em 2020. O relatório de gestão e prestação de contas mostra um aumento de 5,4 milhões de euros de receita total cobrada face a 2020 passando para 52,9 milhões de euros, com o saldo de gerência a transitar para este ano a subir para 8,3 milhões de euros (mais 2,3 milhões do que em 2020). O presidente da Câmara de Santarém, o social-democrata Ricardo Gonçalves, afirmou que as contas do município, que lidera desde 2012, permitem, “mais uma vez, encarar o futuro com optimismo”.
O autarca, que no actual mandato estabeleceu um acordo de governação com a oposição socialista, destacou a acentuada redução da dívida na última década, para menos de metade uma vez que no final de 2011 a autarquia tinha uma dívida de 99,7 milhões (menos 59%). Ricardo Gonçalves disse ainda que a redução da dívida não prejudicou as freguesias uma vez que cresceram as transferências para as freguesias e para as associações e colectividades do concelho apontando como exemplo o facto de parte do saldo de gerência ser destinado a esta rubrica. Também cresceu o investimento associado a obras co-financiadas por fundos comunitários (7,9 milhões de euros).
O presidente, reafirmando a aposta no investimento e na redução dos impostos municipais, recordou também que 2021 foi um ano que sofreu ainda os efeitos da pandemia de Covid-19 referindo que, em dois anos, foram gastos mais de três milhões de euros devido à crise pandémica. A taxa de execução da despesa atingiu 64,8% (44,7 milhões de euros) enquanto a da receita foi, em 2021, de 76,7%, ficando abaixo do limite mínimo de 85% estabelecido no mecanismo de alerta precoce e de recuperação financeira municipal. O prazo médio de pagamento real situa-se actualmente entre 15 a 20 dias. O balanço social do município revelou uma “grande diminuição do absentismo” ao longo do ano de 2021.
A par das contas do município, foram também aprovados os relatórios e contas das empresas municipais Águas de Santarém e Viver Santarém. Ramiro Matos, presidente da Águas de Santarém, referiu que o resultado operacional é baixo (218 mil euros) fruto da opção de, ao invés de registar lucro, investir para melhorar os serviços de abastecimento de água e de saneamento. Como exemplo, apontou a “grande redução” das perdas de água, que passaram para 23% (contra os 30% de 2019), e a diminuição dos prazos de pagamento, apesar do agravamento dos prazos de recebimento, fruto das medidas sociais para mitigar os efeitos da Covid-19.
As contas da Viver Santarém, apresentadas por Carlos Coutinho, o novo presidente desta empresa municipal, agora dedicada apenas às instalações e equipamentos desportivos, reflectem os efeitos da crise pandémica sobretudo pelo impacto nas receitas do parque aquático. O resultado líquido de 2021 é nulo, graças ao subsídio à exploração concedido pelo município, o qual baixou de 936 mil euros (em 2020) para 758 mil euros.

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