Política | 17-01-2022 12:00

CDU quebra silêncio sobre crise política na Barrosa e ataca PSD

CDU quebra silêncio sobre crise política na Barrosa e ataca PSD

Renúncia do presidente da junta de freguesia abriu uma luta política sem precedentes na freguesia do concelho de Benavente. A CDU diz que o PSD quer tomar a junta de assalto e aponta também culpas ao PS.

Mais de um mês depois de o presidente e a secretária da Junta de Freguesia da Barrosa, eleitos pelo PS, se terem demitido de funções, a CDU quebrou o silêncio para comentar a solução encontrada pelos socialistas e a posição tomada pelo PSD. Começando por afirmar que “os eleitos do PS entraram em ruptura” algumas semanas após as eleições autárquicas, tendo criado uma “situação complexa e preocupante” nessa freguesia do concelho de Benavente, a CDU vem agora admitir ter dúvidas sobre a legalidade do processo de nomeação da nova presidente da junta.
“A CDU mantém reservas quanto à solução encontrada pelo PS neste órgão baseada nos vários pareceres de entidades competentes, nomeadamente da Comissão Nacional de Eleições (CNE)”, refere a coligação num comunicado enviado às redacções.
Recorde-se que depois de Nuno Gaspar e a secretária Sónia Faria terem renunciado ao mandato, Ana Margarida Fonseca que era quarta na lista do PS e ocupava o cargo de presidente da mesa da assembleia de freguesia foi nomeada presidente de junta. Isto porque a segunda da lista, a ex-presidente de junta, Fátima Machacaz, não poderia assumir essa função devido à lei da limitação de mandatos.  
Na mesma nota, a CDU vem defender que é preciso “serenidade e procurar  consensos para salvaguardar os interesses da população da Barrosa” e garante que a sua eleita na assembleia municipal continuará a ter “empenho, dedicação, sentido de responsabilidade e intervenção construtiva”. O comunicado termina com críticas à postura adoptada pelo PSD, que a CDU considera uma tentativa de tomar de “assalto” a junta e assembleia de freguesia, caso contrário estaria “a trabalhar para que se efectivassem rapidamente as substituições dos eleitos que renunciaram”.

PS e PSD com posições divergentes
O PSD, recorde-se, tem vindo a colocar em causa desde o início a solução encontrada pelos socialistas considerando, com base num parecer da CNE, que Fátima Machacaz teria que renunciar ao mandato de eleita local. “Se o cidadão que se segue (o segundo da lista mais votada), independentemente do motivo, não aceitar o cargo de presidente da junta de freguesia, terá que renunciar ao seu mandato de eleito local”, escreve a CNE em resposta ao PSD, que diz que pelo exposto “a eleita Fátima Machacaz, ao não aceitar o cargo de presidente de junta (porque não pode), não pode ficar nem no executivo da junta nem na assembleia de freguesia”.
Num outro esclarecimento enviado a pedido do PS, e que está assinado pela mesma funcionária do CNE, é referido, por sua vez, que “o cidadão abrangido pela limitação de mandatos que assuma funções de presidente por substituição do presidente eleito, terá que renunciar ao mandato enquanto presidente de junta, podendo, no entanto, manter-se em funções o cargo de vogal ou tesoureira”.

Assembleia de Freguesia já tem nova presidente

Depois de numa primeira sessão da Assembleia de Freguesia da Barrosa as quatro listas para a composição daquele órgão terem sido chumbadas a eleita do PS, Patrícia Mateus, foi nomeada presidente da mesa que passa a ter como secretários Ricardo Castanheiro e Patrícia Nunes.

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