Política | 01-08-2022 18:00

Chega de Benavente distribui carta pelos munícipes a desancar vereadora do partido

Milena Castro estreou-se na política nas últimas eleições autárquicas. fotoDR

Milena Castro rompe ligação com o Chega de Benavente alegando clima de opressão. Comissão concelhia decide distribuir uma missiva pelas caixas do correio do concelho onde acusa a vereadora de fazer um “trabalho miserável” e de se recusar a seguir recomendações.

A saída da vereadora do Chega na Câmara de Benavente da concelhia do partido foi feita quase em surdina em Janeiro último, mas voltou à ordem do dia nas últimas semanas, com alguns membros da comissão política do partido a fazerem chegar às caixas de correio dos munícipes uma carta onde criticam a postura e trabalho de Milene Castro.
A concelhia lançou um comunicado com a justificação de esclarecer as “muitas dúvidas e angústias de munícipes que não se revêem na forma como Milene Castro tem desempenhado o seu cargo”, referindo que a vereadora deixou de frequentar as reuniões concelhias e a não acatar as sugestões da direcção. “O papel que tem desempenhado como vereadora tem sido miserável, numa primeira fase negando-se a seguir recomendações e depois, quando começou a seguir a sua agenda própria, passou a ser mais uma muleta do poder”, lê-se na carta, onde é também dito que Milene Castro não tem feito uma oposição firme tendo votado contra em apenas cinco propostas entre mais de 400 que foram apreciadas.
Os seis signatários – José Dotti, João Bacatelo, Gil Mendia, Alfredo Fernandez, Rúben Vicente e Luís Moreirinhas – alegam ainda que Milene Castro decidiu afastar-se completamente da concelhia depois de saber que não tinha sido incluída nas listas de candidatos a deputados, pelo Chega, nas últimas eleições legislativas.

“Não aceitavam que tomasse as minhas próprias decisões”
Em declarações a O MIRANTE a vereadora, que continua a militar no Chega e a consultar a direcção nacional do partido, vem negar que a decisão do seu afastamento tenha relação com o facto de não ter sido incluída nas listas para as Legislativas. “Esta justificação não tem qualquer tipo de fundamento. Nas Legislativas fiz campanha e dei valores monetários”, diz, salientando que está “focada” em desempenhar as suas funções como vereadora.
Questionada pelo nosso jornal sobre o motivo para o afastamento Milene Castro refere que elementos da direcção da concelhia “não aceitavam que tomasse as [suas] próprias decisões nem deliberasse como queria”. “O que estão a fazer é uma lavagem de roupa suja publicamente. É abominável e de uma baixeza que não tem explicação e que não me prejudica só a mim, mas ao partido”, afirma, acrescentando que a missiva foi enviada à revelia do Chega nacional e que já motivou a saída de mais dois elementos que não concordaram com esta tomada de posição.

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