Política | 29-04-2022 15:06

Contas da Câmara de Benavente chumbadas com divórcio entre  PS e CDU

Contas da Câmara de Benavente chumbadas com divórcio entre  PS e CDU

Socialistas viraram costas à CDU e votaram contra o relatório de contas relativo a 2021. A direita e os independentes foram no mesmo sentido. O líder do município justificou a queda na taxa de execução de investimento com dificuldade na adjudicação de empreitadas.

O divórcio entre a geringonça CDU e PS em Benavente aconteceu de forma inesperada com os socialistas a votarem contra o relatório da prestação de contas relativas a 2021. O documento, apresentado na última sessão da assembleia municipal, acabou chumbado com os votos contra do PS, PSD, Chega e movimento independente (14), com a excepção dos nove votos favoráveis da CDU.

Para votar contra os socialistas – que no actual mandato celebraram uma espécie de geringonça invertida com a CDU que atribuiu pelouros ao vereador Joseph Azevedo (PS)- invocaram a “forma não adequada de gerir” o orçamento e a baixa taxa de execução no que respeita ao investimento (39,4%), sublinhado que as despesas cabimentadas têm que ser executadas.

O presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho, começou por garantir que as contas apresentam uma gestão rigorosa, estando devidamente auditadas, antes de admitir que considera a taxa de execução (67%) “um pouco abaixo daquilo que é normal”. Para justificar a quebra, o autarca da CDU falou das dificuldades na adjudicação de empreitadas, um problema que considera ser transversal a outros municípios.

Carlos Coutinho referiu ainda que a receita foi acima do esperado devido à subida em 61% do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas (IMT) que se traduziu em mais de um milhão de euros. O saldo final que já tinha sido aprovado pela assembleia municipal em Fevereiro deste ano, lembrou, foi de 6,6 milhões de euros, com resultado líquido de 2,2 milhões de euros.

Na sua intervenção, Ricardo Oliveira, em representação dos sociais-democratas afirmou que apesar de existir um “equilíbrio financeiro”, a não execução dos orçamentos “constitui um insucesso político” que se agrava com o “empolamento dos orçamentos” em anos eleitorais. “Foi mais um ano de poupança em investimento, de gestão corrente e processos em curso e isto não é aceitável”, disse, concluindo que a CDU “não tem visão estratégica para o desenvolvimento do concelho”. 

Pelo Chega, Paulo Cardoso, sublinhou que houve 14 revisões orçamentais e que os valores que transitam de ano para ano se devem ao “insucesso de obras não cumpridas”.

*Notícia completa na próxima edição semanal de O MIRANTE

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