Os eleitos do Chega na Câmara Municipal e Assembleia Municipal do Entroncamento decidiram desvincular-se do partido. O anúncio foi feito na segunda-feira, 4 de Abril, e os militantes falam em “falta de democracia interna, respeito, reconhecimento e contratações descabidas”, pode ler-se em comunicado. Os autarcas consideram ter sido “enganados por ideais e conceitos que lhes foram apresentados como nobres. O vereador na câmara municipal, Luís Forinho, e os eleitos municipais admitem continuam nos cargos mas como independentes.

“Após reunião realizada na semana passada, que contou com a presença dos eleitos do Chega no concelho do Entroncamento, nomeadamente Isabel Sousa, Luís Forinho, Carlos Monteiro, Fernando Farinha e Carla Sofia decidimos pedir a nossa desvinculação, em bloco, do partido como militantes e como eleitos representantes legais do Chega”, afirmou a agora ex-presidente da concelhia do Chega no Entroncamento, Isabel Sousa, em comunicado emitido a 4 de Abril.

Isabel Silva garante que a desvinculação foi imediata, “sem questionamentos, nem controvérsias pois sabemos o incómodo que algumas questões podem trazer à direcção nacional do partido”, sublinhou. E acrescentou: “Este desvinculo é o retrato fiel da frustração uma vez que sentimos que formos enganados por ideais e conceitos nobres e como sendo o último caminho da esperança. Na realidade, só encontrámos incompetência e prepotência dos líderes que, na busca feroz por um lugar ao sol, arrastam tudo e todos como se de semideuses se tratassem”, acusam os ex-militantes.

Os eleitos explicam que a reunião de câmara de 5 de Abril é o recomeço da “nova missão”, “agora mais justa e fiel aos nosso princípios, onde iremos, como filhos deste concelho, finalmente, poder lutar livremente por cada popular”, afirma Isabel Sousa. Os eleitos vão continuar nos cargos que actualmente ocupam mas agora como independentes. “Queremos seguir a matriz de pensamento inicial que é, e sempre será, representar a população de forma democrática e justa, sem olhar a cores políticas, religiosas ou sociais”, pode ler-se no comunicado.