Política | 23-01-2022 21:00

Esquerda garante aprovação do orçamento municipal em Benavente

Esquerda garante aprovação do orçamento municipal em Benavente

Um estudo para a mobilidade suave, mais ciclovias e um novo museu em Samora Correia são alguns dos projectos previstos no documento aprovado pela CDU e PS, com as críticas da direita.

A Câmara de Benavente aprovou o orçamento municipal para 2022 no valor de 26,5 milhões de euros com os votos favoráveis da CDU e PS e os votos contra dos vereadores do PSD e Chega, que criticaram o adiamento de investimentos e propostas que consideram fundamentais para o desenvolvimento do concelho.  
O documento, que também foi aprovado em assembleia municipal, tem como prioridades dar seguimento aos investimentos já em curso e o financiamento de novos projectos como a elaboração de um estudo para completar a ciclovia entre Benavente e Samora Correia, um estudo para a mobilidade suave, um novo museu em Samora Correia e várias requalificações, nomeadamente a da estrada das Vagonetas, em Samora Correia, e zona entre o Valverde e piscina municipal de Benavente.  
O vereador eleito pelo PS, Joseph Azevedo, que tem sido criticado pelos partidos da direita por viabilizar todas as propostas da CDU, justificou o seu sentido de voto com a introdução de propostas que constavam no seu programa eleitoral, dando como exemplo a ligação da ciclovia, o estudo para a mobilidade suave e um estudo sobre a toponímia e locais de interesse e valor histórico e patrimonial. “Não sou muleta de ninguém. Mais importante que os partidos são as pessoas e os projectos que se querem realizar”, vincou.

PSD e Chega criticam arrastar de projectos

O PSD não acolheu este orçamento por considerar que a CDU, “de braço dado com o PS”, se tem “limitado a aplicar no município um modelo de gestão corrente”, justificou a vereadora, Sónia Ferreira, que apelidou o documento de “orçamento da geringonça”. Lembrando que tanto a CDU como o PS chumbaram as propostas apresentadas pelo PSD para a descida da derrama e criação do IMI familiar, a autarca social-democrata lamentou que mais uma vez medidas como Orçamento Participativo (OP) vão continuar “metidas na gaveta”. Para o OP, sublinhou, está apenas inscrita uma rubrica para a elaboração do regulamento que já poderia ter sido elaborado no ano de 2021.
Começando por se queixar de ter tido pouco tempo para apreciar o documento, a vereadora do Chega, Milene Castro, disse não admitir a “desculpa da falta de verbas” para não se porem em prática “investimentos que o Chega propôs”, quando o município “vive um dos melhores momentos de sempre no capítulo financeiro” com “centenas de milhares de euros” poupados por força da pandemia. Acusou ainda o executivo liderado por Carlos Coutinho de “promover o centralismo” ao não atribuir mais poder financeiro às freguesias.  
O presidente do município, Carlos Coutinho (CDU), rejeitou as acusações da vereadora do Chega sobre o pouco tempo para apreciação do orçamento afirmando que desde Novembro que têm sido disponibilizados os documentos que o compõem. Negou também que o seu executivo esteja em gestão corrente, destacando o bom desempenho económico do município e o bom aproveitamento de fundos comunitários em novos projectos.

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