O presidente da Câmara do Fundão parece de outro mundo
O presidente da Câmara do Fundão fala dos problemas do seu concelho e das soluções que foi encontrando para resolver alguns deles que dá gosto ouvir.
Paulo Fernandes tem um sorriso que não larga mesmo quando conversa sobre coisas tristes. O presidente da Câmara do Fundão fala dos problemas do seu concelho e das soluções que foi encontrando para resolver alguns deles que dá gosto ouvir. “Não quero saber quantos quilos de cereja é que produzimos mas sim quanto é que cada produtor ganha em cada quilo. Só assim é que fazemos bem o nosso trabalho”. Paulo Fernandes deixou em Tomar alguns números e algumas informações que pareciam sair da boca de um presidente de uma câmara de uma grande cidade da Europa quando o concelho do Fundão tem pouco mais de 25 mil habitantes e há meio século tinha cerca do dobro. O Fundão tinha três engenheiros há uns anos e trabalhavam todos na autarquia; Hoje a cidade do Fundão tem 14 mil habitantes, entre os quais mil engenheiros informáticos ligados ao cluster da cereja. Há uma aposta no marketing territorial que a câmara utiliza em todos os sectores de actividade empresarial. Todas as crianças do concelho, a partir da rede ecomuseu, aprendem a fazer queijo mas também, a partir dos 6 anos, aprendem programação informática.
A Câmara do Fundão procura sinergias e recursos com outras zonas do país e do estrangeiro. A distância a pé da habitação ao trabalho no Centro de Desenvolvimento de Software é de cerca de 7 minutos. “No Fundão vendemos estilo de vida”, diz o autarca para quem o turismo é a indústria da paz e do sorriso.