Os eleitos das bancadas do PSD e do CDS na Assembleia Municipal do Entroncamento (AME) acusaram o presidente da câmara municipal, o socialista Jorge Faria, de ter “usurpado” as funções que competem ao presidente da AME, Luís Antunes (PS). Em causa está a sessão solene da AME que assinalou o aniversário das comemorações do 25 de Abril. Apenas os discursos do presidente da assembleia municipal e do presidente da câmara municipal foram transmitidos em director na internet. Os discursos dos restantes eleitos dos outros partidos não foram transmitidos.

A eleita social-democrata Paula Carloto contou na sessão ordinária da Assembleia Municipal do Entroncamento, que se realizou na noite desta quinta-feira, 28 de Abril, que no final da sessão de 25 de Abril questionou o presidente da assembleia do motivo para os discursos dos restantes membros dos outros partidos não tiveram transmissão online. “O senhor presidente respondeu-me que não tinha conhecimento do assunto. Como é que o senhor não sabe como vai decorrer uma sessão organizada por si”, questionou na noite desta quinta-feira, 28 de Abril.

Desta vez, Luís Antunes esclareceu que depois de ter sido interpelado por Paula Carloto, no final da sessão de 25 de Abril, questionou o presidente Jorge Faria. “O senhor presidente disse-me que a maioria socialista que gere a câmara decidiu que fosse assim, transmitir apenas os discursos do presidente da assembleia e do presidente da câmara”, explicou Luís Antunes.

Esta informação deixou os eleitos do PSD e do CDS bastante descontentes. “Como é que o senhor presidente da assembleia permite que a câmara decida como vai decorrer uma sessão da assembleia municipal, que é o órgão fiscalizador da câmara. Temos o direito de questionar e que nos respondam às nossas questões”, criticou, acrescentando que a bancada do PSD apresentou um voto de protesto pelo facto da assembleia não ter sido dirigida pelo seu presidente “mas sim, pelo presidente do município”.

O eleito do CDS, Pedro Gonçalves, mostrou o seu descontentamento e acusou o presidente da câmara, Jorge Faria, de “usurpação” de uma decisão que compete ao presidente da assembleia municipal. “Houve uma usurpação de decisões por parte do executivo liderado por Jorge Faria que competiam ao presidente da assembleia municipal”, lamentou, acusando Luís Antunes de ter aceite essa decisão de forma passiva.