Política | 17-01-2022 15:00

Oposição contesta localização de parque de negócios em Andreus

Oposição contesta localização de parque de negócios em Andreus

Concurso para a construção do parque foi aprovado em reunião do executivo da Câmara do Sardoal mas a vereação socialista criticou a opção.

O executivo da Câmara do Sardoal aprovou a abertura do concurso público para a construção de um parque empresarial no lugar de Andreus, em reunião do executivo realizada a 5 de Janeiro. A proposta foi aprovada por maioria, com três votos favoráveis do PSD e duas abstenções dos vereadores do PS, que deixaram várias críticas ao projecto.
O presidente da câmara, Miguel Borges, considera que o parque de negócios de Andreus é uma mais-valia para o concelho e vai aumentar o fluxo económico, com a atracção de investimento externo, a criação de oportunidades para empresários do concelho e com a criação de mais postos de trabalho. A empreitada tem um custo estimado de 870 mil euros, apoiada por fundos comunitários, e vai criar 10 lotes para instalar empresas.
O vereador do Partido Socialista, Pedro Duque, mostrou-se desagradado quanto à localização do parque revelando que a aquisição do espaço foi feita com o objectivo de criar lotes de habitação diferenciada. Defendeu que o parque empresarial deveria localizar-se na zona industrial, mesmo que para isso fosse necessário ampliar o espaço uma vez que em Andreus a área disponível não permite a instalação de empresas que necessitem de um espaço mais alargado para operar.
O autarca socialista afirmou ainda que a zona é desadequada à instalação de empresas devido ao declive acentuado e que seria mais propício à construção de habitações por “não roubarem sol umas às outras”. Pedro Duque referiu também que o projecto foi apresentado sem a consulta dos vereadores da oposição para uma discussão prévia.
O presidente do município explicou que o parque não podia ser edificado na zona industrial por se encontrar lotada e que a melhor solução é o lugar de Andreus, uma vez que o investimento para construir lotes de habitação não seria comparticipado por fundos comunitários e custaria aos cofres do município mais de 400 mil euros. O autarca considera que é preferível criar condições para instalar dez empresas no concelho que criem mais postos de trabalho.
Miguel Borges mostrou-se ainda bastante desagradado com as críticas levantadas por Pedro Duque afirmando que o discurso do vereador é depreciativo e desvaloriza o projecto e que pode afastar potenciais investidores. O presidente esperava uma postura de apoio e incentivo, embora não houvesse concordância quanto à localização do parque empresarial.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1661
    24-04-2024
    Capa Vale Tejo
    Edição nº 1661
    24-04-2024
    Capa Lezíria/Médio Tejo