Oposição diz que projecto empresarial de Freixianda não tem viabilidade económica
Autarca socialista no executivo da Câmara de Ourém diz que Área de Acolhimento Empresarial de Freixianda é um projecto megalómano e sem planeamento.
Cília Seixo, vereadora do Partido Socialista (PS) na Câmara de Ourém, confrontou o executivo social-democrata, presidido por Luís Albuquerque, sobre o projecto de construcção da futura Área de Acolhimento Empresarial de Freixianda (AAEF). A autarca considera existir um “desfasamento do planeamento” para a zona industrial, que desde o primeiro momento é somente um projecto “megalómano, sem viabilidade sócio-económica nem avaliação oficial dos terrenos”.
Na sessão camarária de 4 de abril, o ponto da ordem de trabalhos referente ao pedido de Reconhecimento de Relevante Interesse Público à AAEF foi aprovado pela maioria social-democrata, com a abstenção da única vereadora da oposição e candidatada derrotada nas últimas eleições autárquicas.
Recorde-se que a 6 de Setembro foi aprovado em reunião de câmara o procedimento concursal de contratação pública inerente à construção da futura AAEF, que vai ficar localizada em Valongo, abrangendo uma área superior a 10 hectares, na qual vão nascer 23 lotes destinados à implementação de empresas.
O pedido de Reconhecimento de Relevante Interesse Público foi deliberado para se fazer alterações nas áreas da Reserva Ecológica Nacional (REN); a razão do pedido é a beneficiação e correcção de traçado da Estrada Real e da Rua do Valongo, uma vez não existe uma alternativa viável de acesso à AAEF noutro local que não levante questões de segurança.
Há dois anos, o município de Ourém submeteu uma candidatura a um fundo comunitário de apoio à localização de empresas, no sentido de reduzir o esforço municipal. O investimento total está previsto ser de 4,5 milhões de euros, sendo que cerca de 600 mil euros pertencem aos cofres municipais.