Política | 18-04-2022 10:00

Oposição preocupada com situação financeira das IPSS do concelho da Chamusca

Gisela Matias, vereadora da CDU na Câmara da Chamusca

Vereadora comunista Gisela Matias defende que deveria existir apoio financeiro do município para fazer face às despesas das instituições. Presidente da câmara afirma que autarquia não se vai substituir ao Estado.

Um dos assuntos que gerou mais debate na última reunião de câmara da Chamusca, realizada a 5 de Abril, foi a das dificuldades financeiras que as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) atravessam desde que se iniciou a pandemia. Gisela Matias, vereadora da CDU, considera que o município deveria ter uma participação mais activa no apoio à gestão das instituições que, nas suas palavras, atravessam um período de asfixia. Paulo Queimado, presidente da câmara eleito pelo PS, reconhece o momento delicado das IPSS, mas admite que a autarquia não vai assumir aquilo que deveria ser competência do Estado.
A autarca da CDU começou por afirmar que o aumento do custo real do utente aliado ao aumento do custo de vida, ao aumento dos combustíveis, da energia, dos bens alimentares e de higiene, “deixam as IPSS numa condição delicada e que precisa ser acautelada”. Gisela Matias acrescentou que “o aumento do salário mínimo nacional não foi acompanhado nas actualizações dos acordos de cooperação por parte da Segurança Social” e, por isso, considera que deveria existir apoio do município “aos agentes que estão na linha da frente dos cuidados à população envelhecida, dependente, vulnerável e muitas vezes sem rede familiar de apoio”.
Na resposta, o presidente da câmara afirmou que as IPSS têm uma gestão autónoma e que a autarquia não pode, nem deve, substituir o papel da administração central nesta matéria. Paulo Queimado também concorda que os subsídios para as instituições não têm acompanhado as despesas e o aumento do custo de vida, acrescentando que, na hora de fazer barulho, as instituições se acomodam. “Na altura de reivindicar a União das Misericórdias Portuguesas ou a União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Santarém não o fazem”, disse.

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