A Câmara do Cartaxo aprovou o orçamento municipal para 2022, de 22,5 milhões de euros, mais 1,5 milhões que no ano passado. O documento foi discutido e votado em sessão extraordinária do executivo, com votos favoráveis dos vereadores do PSD e com a abstenção de Fernando Amorim, o único vereador do PS presente na sessão.
João Heitor, líder do executivo, afirma que o orçamento aprovado para 2022 vai tentar equilibrar as finanças do município. Recorde-se que o Cartaxo encontra-se intervencionado pelo Fundo de Apoio Municipal (FAM), que resultou, por exemplo, na impossibilidade de baixar as taxas municipais, que ficaram estabelecidas à taxa máxima aplicável. O autarca disse ainda que a intervenção do FAM não é a única herança do anterior executivo e que no sector das obras públicas transitaram para o novo executivo as intervenções na Escola Secundária do Cartaxo, na Rua Serpa Pinto e no Largo S. João Baptista, cujos concursos têm ficado desertos.
O presidente do executivo revela que esta é uma das maiores prioridades para o executivo em 2022, e que vai negociar os prazos de conclusão das empreitadas bem como os apoios financeiros já atribuídos às empreitadas. O orçamento, segundo João Heitor, prevê também a requalificação dos espaços verdes e da rede viária cartaxense, bem como a renegociação dos tarifários municipais.
Uma das questões colocadas por Fernando Amorim (PS), foi relativa ao aumento das despesas, que João Heitor justificou com o aumento dos custos das empreitadas herdadas, a necessidade do reforço de pessoal em alguns sectores do município e com a profissionalização dos bombeiros do Cartaxo, que representam uma fatia de cerca de 7 milhões de euros para os cofres da autarquia. João Heitor notou que também a transferência de competências do governo central para as autarquias é um factor de aumento nas despesas com pessoal.