Política | 25-09-2022 14:59

Proposta do PSD aquece ânimos na reunião camarária do Entroncamento

Vereadores do PSD apresentaram proposta para isentar do imposto de Derrama todas as empresas do concelho com volume de negócios abaixo dos 150 mil euros. O presidente da câmara, o socialista Jorge Faria, acusou a oposição ‘laranja’ de populismo e moralismo e até recomendou como devem ser as suas intervenções.

A proposta apresentada pelos vereadores do PSD a defender a isenção de Derrama para todas as empresas do concelho do Entroncamento com volume de negócios abaixo dos 150 mil euros foi chumbada pela maioria socialista na Câmara do Entroncamento, liderada por Jorge Faria, com o apoio do vereador eleito pelo Chega, Luís Forinho, que entretanto se desvinculou do partido. O tema fez os ânimos exaltarem-se com o socialista Jorge Faria a elevar o tom de voz quando o vereador Rui Gonçalves (PSD) questionou se a maioria socialista ia deixar de apoiar quem cria emprego no Entroncamento. O presidente da Câmara do Entroncamento irritou-se com a intervenção, levantou o tom de voz tendo acusado os vereadores do PSD de estarem a entrar numa “discussão populista”.
A intervenção de Rui Madeira (PSD) incendiou ainda mais os ânimos. “Se a todas as nossas propostas, e observações, o senhor presidente se irritar, como já é habitual, nunca vamos conseguir ter uma discussão de forma adequada para um executivo municipal. (…) Já não é a primeira vez que isto acontece por isso agradecemos que os assuntos aqui sejam tratados como esta casa merece. Admitimos que haja alguma exaltação mas sugerimos que a discussão seja feita de uma forma mais razoável, com a dignidade que os assuntos merecem”, afirmou Rui Madeira.
Jorge Faria não gostou das palavras de Rui Madeira e chegou ao ponto de recomendar ao vereador da oposição como deve comportar-se nas reuniões de câmara. “Agradeço que, de futuro, deixe de fazer essas intervenções porque não é para isso que estamos aqui. Respeito a sua opinião mas agradeço que não tenha essa atitude de moralidade”, sublinhou o presidente.
No início da apresentação da proposta Jorge Faria referiu que em relação à Derrama recolhida em 2021 (referente ao ano de 2020) verificou-se que 428 empresas facturaram menos de 150 mil euros e geraram uma Derrama de 30.752 euros; e 157 empresas facturaram mais de 150 mil euros e permitiram uma Derrama de 139 mil euros. “Fizemos uma conta simples e concluímos que a Derrama das empresas com menos de 150 mil euros corresponde, em média, a 71,80 euros por empresa, algo que nos parece irrelevante no valor que uma empresa poderá deixar de pagar com a isenção que os vereadores do PSD querem”, reforçou Jorge Faria.
Rui Gonçalves acusou Jorge Faria de querer minimizar o valor que cada empresa paga. “Esse dinheiro pode fazer falta no final do ano tendo em conta que se trata, certamente, de micro e pequenas empresas”, referiu o vereador social-democrata. Rui Gonçalves afirmou que existem municípios da região que também têm esta medida instituída e os vereadores do PSD concordam com a perspectiva de se valorizar também a questão da criação de postos de trabalho.

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