Os vereadores na Câmara de Azambuja que não têm funções executivas vão passar a ter dois gabinetes – um para os dois eleitos do PSD e outro para a eleita do Chega – e um funcionário do município disponível para lhes dar apoio administrativo, só não se sabe é quando. O presidente do município, o socialista Silvino Lúcio, garantiu que a proposta agora aprovada com os votos favoráveis do PS, PSD e Chega e uma abstenção da CDU, depois de um primeiro chumbo, vai ser cumprida assim que a autarquia tiver um espaço disponível e condigno para o efeito.
O autarca socialista explicou que têm estado empenhados em encontrar uma solução, mas que tal ainda não foi possível. “Assim que tivermos [um espaço] com as condições todas, depois definiremos quem é a pessoa que vai dar apoio aos senhores vereadores”, acrescentou.
A vereadora do Chega e autora da proposta, Inês Louro, explicou que apenas se “pretende que haja dignidade no trabalho dos vereadores sem funções executivas” e que para isso necessitam de um espaço onde possam trabalhar, receber munícipes e consultar processos acompanhados de pessoas da sua confiança política.
Depois de ter apresentado a proposta pela segunda vez, já que da primeira foi chumbada com os votos contra do PS e CDU, Inês Louro voltou a dizer ser “vergonhoso” terem que ser os vereadores sem pelouros atribuídos a “lutar por um direito” que lhes pertence por inerência de funções. O vereador social-democrata José Paulo Pereira partilhou da mesma opinião.
Na redacção da proposta inicial, recorde-se, lia-se que os gabinetes deveriam situar-se “no edifício da câmara municipal”, mas como nesse edifício não há espaço, os quatro vereadores do PS e CDU chumbaram-na. A proposta agora aprovada apenas refere que os gabinetes devem situar-se na sede de concelho, próximos aos serviços municipais.