Saúde | 14-01-2013 17:56

Utentes da Saúde do Médio Tejo alertam para escassez de meios na urgência de Abrantes

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) alertou esta segunda-feira, 14, para problemas que alegadamente estarão a verificar-se no serviço de Urgência do Hospital de Abrantes, como falta de macas e degradação do serviço de higiene e limpeza.Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da CUSMT, Manuel Soares, afirmou que as denúncias recebidas decorrem depois da decisão de concentrar as urgências do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), que integra os hospitais de Tomar, Torres Novas e Abrantes, nesta última unidade hospitalar.Manuel Soares disse que a Comissão de Utentes recebeu informações de que nos últimos dias se "repetiram dificuldades e problemas" na urgência Médico-Cirúrgica do CHMT e que alguns utentes, devido à "escassez de meios, não têm sido tratados com dignidade e qualidade”."Os relatos que nos foram feitos por utentes, familiares e profissionais, todos eles são coincidentes", observou Soares, tendo exemplificado com a "falta de macas, degradação do serviço de limpeza, com pensos e seringas espalhados pelo chão, e falta de privacidade nas instalações sanitárias".Segundo aquele responsável, a decisão de concentrar as urgências "foi prejudicial" para os utentes, tendo reclamado que os serviços de urgência, medicina interna, pediatria e cirurgia do ambulatório "passem a existir nas três unidades" do CHMT."Os factos provam que as populações das zonas de Tomar e Torres Novas ficaram com um serviço de urgência mutilado, enquanto que a unidade de Abrantes [ou qualquer das outras unidades] não tem condições para abarcar sozinha todas as necessidades de cuidados de saúde urgentes", defendeu."Como tem sucedido noutras estruturas hospitalares por todo o país, em que concentraram urgências e se reduziram o número de camas, em Abrantes passam-se situações que preocupam os profissionais e aumentam o sofrimento dos utentes e familiares" disse ainda Manuel Soares.No sentido da "defesa da saúde e do bem-estar" das populações do Médio Tejo, o dirigente da CUSMT afirmou que vai continuar a defender a articulação entre os diversos níveis de prestação de cuidados de saúde, assumindo-se "contra" o encerramento de serviços hospitalares, de extensões de saúde e farmácias, nas zonas rurais.Estas propostas foram subscritas por 26 mil utentes, em abaixo-assinado enviado ao Ministério da Saúde.

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