Saúde | 01-10-2019 20:49

Utentes criticam atraso das obras na urgência do Hospital de Abrantes

Urgência do Hospital de Abrantes serve a população dos 13 municípios da região.

Os Utentes da Saúde do Médio Tejo criticaram na terça-feira, 1 de Outubro, o atraso no arranque das obras no serviço de urgência do Hospital de Abrantes, que serve a população dos 13 municípios da região, tendo feito notar a sua necessidade premente.

"Nos últimos quatro anos avançou-se no acesso e prestação de cuidados de saúde de proximidade, mas os Ministérios da Saúde e das Finanças não desbloquearam o processo das obras na urgência do Hospital de Abrantes e estas, a terminar mais uma legislatura, não começaram, prejudicando populações e profissionais, e colocando mesmo em causa a saúde pública", disse à Lusa o porta-voz da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (Santarém).

Para Manuel Soares, este é um problema que tem de ser tratado porque, alega, "o sítio por onde pode entrar uma pessoa estropiada (…) é a mesma urgência por onde qualquer um de nós pode entrar sem nos perguntarem absolutamente nada".

O representante dos utentes insistiu que estão em causa não só as condições da prestação de serviço para utentes e profissionais, como também "questões de segurança, em termos de saúde".

O porta-voz da CUSMT sublinhou que "a necessidade premente de obras é reconhecida por utentes, profissionais, autarcas e todas as entidades que têm responsabilidades na prestação de cuidados hospitalares" na região abrangida pelo Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), que abarca as unidades hospitalares de Abrantes, Tomar, e Torres Novas, e que "as necessidades de requalificação estão identificadas há cerca de 15 anos".

Nesse sentido, a CUSMT anunciou que vai promover um abaixo-assinado e outras iniciativas públicas para exigir as obras na urgência de Abrantes e reclamou que as candidaturas distritais às legislativas de 6 de Outubro "expressem publicamente o compromisso de discriminar positivamente o sector da saúde em sede orçamental e, consequentemente, a inscrição de verba para as obras na urgência de Abrantes".

As obras de requalificação, modernização e expansão das Urgências Médico-Cirúrgicas no Hospital de Abrantes, do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), vão custar 2,1 milhões de euros e deveriam ter começado na Primavera deste ano.

Questionado pela Lusa, o Conselho de Administração do Centro Hospitalar disse que o processo da obra de requalificação do Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica, instalado na Unidade Hospitalar de Abrantes, é "tecnicamente complexo, com diversas fases e projectos de especialidade em arquitectura e em engenharia e que se encontra em fase final de tramitação nos serviços do Ministério da Saúde, visando a autorização das respectivas obras de requalificação".

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