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Morto a tiro por nada

Francisco “Samarra” foi atingido à porta de casa

Um ajudante de camionista de Almeirim foi morto com um tiro de caçadeira à porta de casa. O principal suspeito é um sobrinho de 18 anos de idade. Na origem do crime terá estado uma discussão em que a vítima não participou e que desconhecia totalmente. José Francisco Ezequiel, era membro do grupo de forcados do Aposento da Chamusca.

Um jovem de Almeirim foi morto a tiro, domingo de manhã, à porta de casa. José Francisco Ezequiel, também conhecido por “Samarra” era forcado no grupo do Aposento da Chamusca há mais de 10 anos e preparava-se para ir participar numa corrida de toiros. A Polícia Judiciária já identificou um seu sobrinho, de 18 anos, como suspeito da autoria do crime, mas o mesmo ainda não foi detido.Eram cerca das 11h30 quando José Ezequiel, ajudante de camionista de profissão, 31 anos, saiu da sua residência, na rua Fernão Lopes, periferia da cidade de Almeirim. Quando se preparava para entrar no carro foi atingido com um tiro de caçadeira. Presume-se que o autor do crime estava escondido atrás de uma palmeira, na avenida 25 de Abril, que cruza com a rua onde morava a vítima, a cerca de 10 metros da habitação.Na base do homicídio terá estado uma discussão entre familiares da vítima, na qual a mesma não esteve envolvida. Segundo os amigos, José Ezequiel há muitos anos que não se relacionava com o sobrinho e alegado autor do crime.A vítima ainda foi socorrida no local por elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), mas não resistiu aos ferimentos no peito provocados por chumbos que são usados na caça grossa. Samarra chegou ao hospital de Santarém já cadáver. Depois da autópsia o corpo recolheu à morgue de Almeirim na segunda-feira ao fim da tarde. Quando foi atingido, Samarra preparava-se para ir ter com o grupo de forcados que tinha uma actuação marcada para esse dia. O grupo da Chamusca ia pegar numa corrida na Figueira da Foz às 18h00. O cabo dos Forcados do Aposento da Chamusca decidiu, assim que soube a notícia, suspender a actuação. “A ligação do Francisco Samarra ao grupo não nos permitia participar numa festa. Fomos todos afectados pelo que se passou”, salienta o cabo dos forcados, Tiago Prestes. E acrescenta que o forcado era conhecido no meio da tauromaquia pela sua postura e pela carreira.“O Samarra era uma pessoa divertida, simples e humilde. Não se metia em confusões nem era pessoa de arranjar conflitos. Era dedicado e dentro da praça e fora dela dava tudo o que tinha”, conta Tiago Prestes. O testemunho do cabo dos forcados e reiterado por quem o conhecia pessoalmente na cidade de Almeirim.

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