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Transportadoras querem isenção de portagens em troço da A1

Empresários preocupadas com obras na Ponte da Asseca
Os custos de exploração das empresas de transportes da zona de Santarém vai agravar-se com a proibição de passagem de camiões na ponte da Asseca, Estada Nacional 3. As alternativas implicam mais quilómetros e mais despesas. Os empresários querem deixar de pagar portagem na A1, entre Santarém e Aveiras, enquanto durarem as obras.As empresas de transportes que utilizam a Estrada Nacional (EN) 3 para aceder a Lisboa querem deixar de pagar portagem na A1 no troço entre Santarém e Aveiras de cima enquanto os veículos com peso bruto superior a 20 toneladas estiverem impedidos de transitar na Ponte da Asseca, na zona de Santarém.Os empresários justificam a sua pretensão com o agravamento dos custos de exploração que vão ter enquanto durarem as obras no loca,l uma vez que as alternativas ao percurso habitual obrigam a percorrer mais quilómetros e ao pagamento de portagem, coisa que não sucedia. a falta de alternativas e no aumento de custos desde que o Instituto de Estradas de Portugal (IEP), a 29 de Julho, interditou o trânsito naquele local a veículos com peso bruto superior a 20 toneladas.As obras iniciaram-se a 29 de Julho e como percursos alternativos à EN3, o IEP sugere a utilização a auto-estrada A1, no lanço entre Santarém e Aveiras de Cima e um percurso pela EN 114 em direcção a Rio Maior, seguindo pelo IC 2, EN 366 e pela EN 365-2 - variante do Cartaxo a Aveiras de Cima. A EN3 era a via mais utilizada pelos camionistas desde que , há mais de um ano, foi proibido o trânsito de pesados na ponte de Muge, concelho de Coruche, inviabilizando assim a utilização da EN118.João Pacheco, administrador da empresa Natália & Fortunato diz que a situação é extremamente gravosa uma vez que qualquer das alternativas apontadas pelo IEP é muito mais cara. A sua frota de nove camiões transitava normalmente pela Nacional 3 e a actual situação é preocupante. “Fazemos mais quilómetros, gastamos mais tempo – e tempo é dinheiro, como se sabe – e há o custo das portagens”, explica.Os semi-reboques que já pagam 4,5 euros entre a Aveiras de Cima e Alverca, terão que desembolsar mais 2,95 euros pelo percurso até Santarém, em cada viagem de ida e volta.Sedeada na Zona Industrial de Santarém a transportadora Vieira Vacas irá ter “um prejuízo enorme”. O seu proprietário, António Faia, deita contas à vida e calcula que com os seus trinta veículos irá perder entre 250 a 500 euros diários. É que grande parte do serviço prestado pelos seus 30 veículos provém de empresas da zona e destina-se a grossistas da zona de Azambuja.O empresário não tem papas na língua e acusa o director de estradas de Santarém, Alcindo Cordeiro, de “deitar a economia da região para o charco”. A hipótese de suspensão de pagamento de portagem na A1 é para ele a solução porque o percurso alternativo por ali é “o melhor dos piores”, diz com ironia.Na mesma área de negócio a Transportes Artur Belchior também se sente afectada pela situação, já que as três dezenas de camiões da empresa deslocam-se habitualmente a unidades industriais situadas na fronteira dos concelhos de Cartaxo e Santarém, como a Lusofane (tubos plásticos) e Ipetex (têxtil), a meio caminho na EN3.“As obras são necessárias mas não há alternativas e penso que a Brigada de Trânsito devia ter acordado com as empresas uma forma limitar a passagem de camiões em determinadas horas”, sustenta Artur Belchior.Para piorar a situação há um conjunto de outras vias que também sofreram alterações à circulação. É o caso do condicionamento do tráfego na ponte da Freiria (concelho de Rio Maior), na EN 114-2, bem como a ponte do Reguengo, condicionada à passagem de veículos com peso bruto superior a dez toneladas, e de Santana, até 30 toneladas, ambas no concelho do Cartaxo.Um grupo de empresas enviou, na sexta-feira, um fax à Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), dando conta do comunicado do IEP sobre o condicionamento na EN3, assim como as dificuldades por que irão passar as empresas suas associadas na região.O MIRANTE tentou saber junto da administração do IEP por quanto tempo se prevê a realização de obras na Ponte da Asseca, mas do Gabinete de Comunicação e Imagem daquele organismo veio a resposta de que não há prazo de conclusão previsto. O motivo prende-se com o facto de ainda se estar a avaliar o tipo de intervenção a fazer no local.

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